Caminhos-de-ferro reuniu em Elvas o Primeiro-ministro, António Costa, o Presidente do Governo de Espanha, Mariano Rajoy e a Comissária europeia dos Transportes, Violeta Bulc, bem como o Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques.
Os projetos de ferrovia, no Alentejo, que envolvem um total de mais de 500 milhões de euros, vai ter apoio comunitário significativo, através do Fundo das Redes Transeuropeias. A União Europeia vai financiar os projetos Elvas-Caia e Évora-Elvas em 184 milhões de euros.
Há mais de um século que não era construído um troço de ferrovia da extensão do segmento Évora–Elvas, de 94 quilómetros de linha nova, em que o inicio da construção está prevista para o inicio do primeiro trimestre de 2019 e a conclusão dos trabalhos para o primeiro semestre de 2022.
A empreitada da obra Elvas-Caia, na extensão, de 11 quilómetros, foi já consignada, hoje, na presença de António Costa, Mariano Rajoy, de Violeta Bulc, e do Ministro Pedro Marques. A obra que consiste na modernização da linha deverá estar concluída no primeiro trimestre de 2019.
Na Covilhã a Comissária vai testemunhar o início de duas obras de desenvolvimento da ferrovia nacional e o lançamento de um concurso de construção de linha férrea. Com recurso a fundos estruturais europeus, através do “Portugal 2020”, a União Europeia vai financia em 68 milhões de euros a modernização e eletrificação da linha Covilhã-Guarda.
A linha que estava encerrada há 10 anos e que desta forma vai dar um forte contributo para o desenvolvimento do Interior e para a coesão nacional, tem a extensão de 46 quilómetros e está previsto um investimento total de 85 milhões de euros, com a entrada em prevista para a segundo semestre de 2019.
Este troço já beneficiou, no período 2007-2013, de 53,3 milhões de euros do Fundo de Coesão, assim, entre 2007 e 2020, os Fundos Europeus terão comparticipado com 121,3 milhões de euros só para este segmento ferroviário.
Quando concluídos, estes projetos melhorarão substancialmente as ligações ferroviárias com Espanha e com o resto da Europa, um desenvolvimento em linha com o defendido pelo Presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Juncker.
No total, os três projetos em ferrovia representam um apoio da União Europeia de 252 milhões de euros até 2020.
A manutenção e construção dos três troços integram o Plano Ferrovia 2020, apresentado que o Governo apresentou em fevereiro de 2016, e que que prevê obras em cerca de 1.200 quilómetros, ou seja, metade da Rede Ferroviária Nacional, com um investimento público superior a 2 mil milhões de euros, suportados pelo Orçamento de Estado e pelos fundos europeus Portugal 2020 e Fundo das Redes Transeuropeias.
É reconhecido que as redes transeuropeias, constituindo uma importante componente da política da União Europeia, têm como objetivo reforçar a dinâmica económica dos países, e assim, “ao apoiar o reforço do mercado único, contribuir para o crescimento económico, a competitividade e o emprego, melhorar as ligações entre as regiões e contribuir para a coesão económica e social na União.”