O Presidente da Câmara de Bragança alerta para a falta de médicos obstetras no Hospital de Bragança, exigindo que o Serviço de Ginecologia/Obstetrícia seja dotado de todos os meios, humanos e materiais, necessários à prestação de um serviço de qualidade, para as grávidas da região e para a sustentabilidade demográfica do território.
É feito notar que Serviço de Ginecologia/Obstetrícia tem vindo a atravessar sérias dificuldades, designadamente na cobertura permanente do Serviço de Urgência, devido à carência de profissionais médicos de Obstetrícia. Uma situação que obriga ao encaminhamento das grávidas da região, para Unidades Hospitalares muito distantes, nomeadamente Vila Real, o que para o Presidente da autarquia tem um elevado impacto no conforto e na segurança das grávidas.
A falta de recursos médicos obstetras no Hospital de Bragança pode ser facilmente resolvida, no entanto, no entender no Presidente da Câmara, o Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE) não tem mostrado disponibilidade para contratar os médicos necessários.
O recurso, sistemático, a profissionais médicos em regime de Prestação de Serviços constitui uma situação de grande precariedade no funcionamento do serviço, refere o Presidente da Câmara, e acrescenta que isso “estará, também, na origem dos atuais problemas”.
Para o Presidente da autarquia a atual situação “tem, já, um impacto significativo, no número de partos realizados noutras Unidades Hospitalares, que deveriam ter sido realizados em Bragança, como atesta a diferença entre o número de testes do pezinho realizados nos centros de saúde do Distrito e o número de partos ocorridos na Unidade Hospitalar de Bragança.”
Mas também são citados outros efeitos como a de que “a situação desincentiva as grávidas a serem seguidas na consulta externa, da Unidade Hospitalar de Bragança, por saberem que existe uma forte probabilidade de o parto não ocorrer na mesma Unidade.”
A manter-se a atual situação é posto em risco o funcionamento do Serviço de Obstetrícia e a sua consequente permanência na Unidade Hospitalar de Bragança, com o seu eventual encerramento, alerta o Presidente da Câmara.
É num contexto de preocupação que o Presidente da autarquia exige “ao Ministério da Saúde e ao Conselho de Administração da ULSNE, o reforço, imediato, do quadro de pessoal de médicos obstetras, da Unidade Hospitalar de Bragança, com vínculo permanente, em quantidade suficiente para assegurar o pleno funcionamento do serviço, em condições de segurança e de qualidade adequadas.“