
Roberto Chichorro leva a diversidade cultural africana à vila medieval de Monsaraz e a Reguengos de Monsaraz. Obras de um dos maiores nomes da arte contemporânea africana na exposição de pintura “Memórias de um Andarilho”.
A exposição é visitável de 12 de abril a 10 de junho no Auditório António Marcelino da Biblioteca Municipal de Reguengos de Monsaraz e de 12 de abril a 6 de julho na Igreja de Santiago, em Monsaraz.
O artista plástico apresenta 34 obras, divididas pelos dois espaços culturais do concelho, nomeadamente pinturas em acrílico sobre tela, técnica mista sobre papel, tinta-da-china sobre papel e técnica mista sobre cartão.
As obras expostas na Igreja de Santiago podem ser apreciadas diariamente das 9h30 às 12h30 e entre as 14h e as 17h30, enquanto as que vão estar na biblioteca municipal podem ser visitadas de segunda-feira a sábado, das 10h às 12h30 e entre as 14h e as 17h30.
Roberto Chichorro nasceu em 1941 em Moçambique, no Bairro da Mafalala, epicentro de vida, cultura e resistência em Lourenço Marques, atual Maputo, onde viveu intensamente o cruzamento de culturas que influenciaria toda a sua obra. As suas criações são marcadas por cores vibrantes, simbolismo e narrativas visuais que retratam a cultura africana, a memória, a história e o quotidiano moçambicano.
Com exposições internacionais desde 1960, Roberto Chichorro explora técnicas como a pintura a óleo e a aguarela, a zincogravura, a serigrafia, a cerâmica e as técnicas mistas. Através da sua obra, promove a diversidade cultural e étnica de Moçambique, enfatizando a importância de preservar e valorizar a identidade africana, em telas que retratam cenas do quotidiano, rituais, música, dança, mas também a repressão vivida durante o período colonial. Roberto Chichorro levou Moçambique aos palcos mais prestigiados da arte contemporânea e inspirou gerações de jovens artistas.