A Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson (APDPk) e a farmacêutica BIAL assinalam o Dia Mundial da Doença de Parkinson, com a inauguração no Palácio Baldaya, em Lisboa, de uma exposição de arte com cerca de 30 trabalhos realizados por 18 doentes de Parkinson.
Os trabalhos expostos incluem desde poesia a pintura e de escultura a fotografia, entre outros. A exposição é de entrada livre e ficará em exibição até ao final do mês de abril.
A APDPk e a BIAL em parceria assinalam o Dia Mundial da Doença de Parkinson que possui o mote “De mãos dadas pela Doença de Parkinson”. A inauguração da exposição começa com uma aula da dança para cerca de 20 pessoas que vivem com a doença. A aula é conduzida pelo formador e coreógrafo Rafael Alvarez, e tem como objetivo sensibilizar para os constrangimentos que a doença impõe aos portadores.
Ana Botas, presidente da APDPk, explicou que “o exercício físico é essencial para os doentes de Parkinson, e neste sentido a dança é uma das atividades que mais se adequa, porque estimula os músculos, mas também a criatividade, a autonomia, a memória e o domínio corporal.”
A responsável pela Associação acrescentou ainda: “Com esta aula de dança e com a exposição de trabalhos realizados por pessoas com Parkinson pretendemos sensibilizar todas as pessoas para esta doença e ao mesmo tempo proporcionar momentos de socialização e bem-estar, reforçando a importância da arte para estas pessoas.”
Em Portugal, estima-se que existam mais de 20 mil pessoas com a Doença de Parkinson, uma doença neurodegenerativa, crónica e progressiva, cujas manifestações clínicas surgem, mais frequentemente, depois dos 60 anos. O diagnóstico da Doença de Parkinson é baseado na observação clínica e pode ser realizado em doentes que apresentem dois de três sintomas principais ou cardinais: tremor em repouso, rigidez muscular e bradicinesia (lentidão nos movimentos). Outros sintomas frequentes são a instabilidade postural, redução da expressão facial e do pestanejar e postura inclinada.