As exportações de bens e serviços cresceram de forma significativa e atingiram um valor recorde em 2017, fixando-se em mais de 84 mil milhões de euros. Um crescimento correspondente a 11,2% em relação aos últimos 6 anos.
O valor das exportações de bens e serviços em novembro de 2017 já tinha ultrapassado o valor de todas as exportações de bens e serviços de 2016, uma situação que acontece pela primeira vez desde 2011.
Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), citado pelo Ministério da Economia (ME), indicam que em 2017 foi atingido o valor mais elevado do peso das exportações no PIB dos últimos 23 anos.
Em face dos dados o ME considerou que “Portugal não só convergiu para a média da União Europeia (UE), diminuindo o gap existente, mas também conseguiu distanciar-se de países que tinham uma proporção similar no início do século, como é o caso de França, Itália ou Espanha.”
Os dados indicam que em 2005, as exportações representavam 26,6% do PIB e em 2017 cerca de 42,5% em 2017, o que indicam que em 13 anos o aumento foi aproximadamente 15,9%, e que durante este período, o peso médio das exportações do PIB da UE aumentou cerca de 10,9%, atingindo nos primeiros 9 meses de 2017 o valor de 45,6%.
Para o MF “o desempenho das exportações em 2017 é robusto, na medida em que é sustentado tanto por exportações de bens como de serviços.”
Em 2017, verificou-se que as exportações de bens representaram 64% do total das exportações e apresentaram um conjunto diversificado de setores com taxas de crescimento acima de 10%, tais como as indústrias de máquinas com 10%, plásticos com 12%, produtos metálicos com 16%, automóvel com 16%, ou as pescas com 11%, as frutas e hortícolas com 21% e as oleaginosas com um aumento de 25%. Nos serviços destaca-se o crescimento do turismo com 20% e também o dos transportes com 14%.
As indústrias de capital intensivo, que incluem a metalomecânica, máquinas, automóvel e a química, foram responsáveis por cerca de 1/3 do crescimento das exportações de bens e serviços em 2017, seguindo-se o turismo, que contribuiu com 29,1% para o crescimento, e as restantes industrias com 16,7%, onde se incluem, entre outros, o agroalimentar e bebidas, os sectores tradicionais, como os têxteis, vestuário e calçado.
O restante crescimento poderá ser explicado pelos transportes, outros serviços e pela energia. Em termos de valores absolutos, as exportações em 2017 são maioritariamente distribuídas pela indústria de capital intensivo com 32%, indústrias transformadoras com 28% e turismo com 18%.
A Balança de Pagamentos Tecnológica revela um crescimento das exportações de bens e serviços 14,3%, indicou o ME.
Para 2018, as empresas exportadoras de bens perspetivaram o crescimento mais elevado de exportações desde que o INE iniciou o seu Inquérito às empresas exportadoras, ou seja, preveem um crescimento de 5,7%, máximo dos cinco anos.