O Exército vai ser dotado de novo equipamento Rádio Tático de Comunicações GRC-525. A aquisição, cujo investimento se encontra inscrito na Lei de Programação Militar, foi já autorizada pelo Ministro da Defesa Nacional, José Alberto Azeredo Lopes. O investimento previsto entre 2017 e 2023 é de 7,53 milhões de euros.
O rádio multifuncional GRC-525 é um equipamento de rádio tático multibanda e multimodo de voz e dados, que permite comunicações seguras em fonia e dados recorrendo a métodos de encriptação e de salto em frequência.
O GRC-525 suporta IP over Air e permite a integração com redes IP. Possui um recetor GPS interno, que em conjunto com a sua capacidade GPS Report, contribui para a Common Operational Picture, facilitando a identificação dentro do teatro de operações.
Os equipamentos de rádio foram desenvolvidos pela Empresa de Investigação e Desenvolvimento de Eletrónica, S.A. (EID, SA), em colaboração com a empresa alemã Rodhe & Schwarz, especialmente para as Forças Armadas.
“Considerando as características dos rádios, bem como a importância de assegurar a compatibilidade e interoperabilidade dos equipamentos a adquirir, com os já existentes no Exército, o Governo decidiu investir neste modelo com o qual o Exército tem vindo a operar”, indica o Ministério de Defesa Nacional (MDN).
Dado que a EID e a Rodhe & Shwarz detêm em exclusivo os direitos de fabrico dos equipamentos e são detentoras da propriedade industrial e dos direitos de utilização dos dispositivos de segurança, e ainda a EID é detentora exclusiva em Portugal dos direitos de fabrico e de comercialização dos rádios GRC-525, a aquisição é feita por negociação sem publicação de anúncio de concurso.
O MDN indica ainda que, neste caso, a “Agência para a Modernização Administrativa já emitiu parecer prévio favorável ao projeto”.
O MDN lembra que “o Governo tem vindo a reforçar o Sistema de Informação e Comunicações Tático do Exército”, e que nesta linha “em novembro o Ministro da Defesa autorizou a aquisição de 47 viaturas táticas médias ligeiras a fim de dotar este sistema com um grau maior de mobilidade tática terrestre e proteção blindada ligeira”.
