A doença de Alzheimer é um distúrbio cerebral que destrói as capacidades de memória e pensamento ao longo do tempo. É a forma mais comum de demência em adultos de mais idade.
Atualmente a doença de Alzheimer não tem cura mas há algumas opções de tratamento disponíveis. Atualmente, só nos EUA, vivem com a doença cerca de 5,3 milhões de americanos, e é já a sexta causa de morte no país. O número de adultos que vão desenvolver a doença deverá triplicar até 2050.
Especialistas em geriatria têm vindo a sugerir que o exercício pode melhorar a saúde cerebral nos adultos mais idosos, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem recomendações sobre os exercícios que devem ser realizados pelos mais idosos.
É indicado que os adultos mais idosos realizem 150 minutos por semana de exercícios moderados, como caminhadas rápidas, 75 minutos por semana de exercícios aeróbicos vigorosos ou uma combinação dos dois tipos. A OMS também recomenda que os adultos mais velhos realizem exercícios de fortalecimento muscular em pelo menos dois ou mais dias por semana.
Mas os investigadores envolvidos num novo estudo publicado no Journal of the American Geriatrics Society, indicam que “nem todos os estudos sobre os exercícios e adultos mais idosos provaram os benefícios do exercício”, pelo que “não há a certeza se o exercício diminui o declínio mental ou melhora a capacidade dos adultos mais idosos pensarem e tomarem decisões.”
Em face do conhecimento disponível, uma equipa de investigadores procedeu, então, a um estudo para saber se o exercício pode atrasar ou melhorar os sintomas da doença de Alzheimer. Para isso procedeu a uma revisão de 19 estudos que examinaram o efeito de um programa de exercícios sobre a função cognitiva em adultos mais idosos que estavam em risco ou já diagnosticados com a doença de Alzheimer.
Os estudos incluíram 1.145 adultos mais idosos, a maioria dos quais estavam em meados do dos anos 70. Dos participantes, 65% estavam em risco de doença de Alzheimer e 35% já tinham um diagnóstico de doença de Alzheimer.
À medida que os investigadores examinavam os estudos, descobriram que os adultos mais idosos que executaram exercícios aeróbicos por si próprios apresentavam um nível de função cognitiva três vezes maior do que os que participaram em exercícios aeróbicos combinados e exercícios de força. Os investigadores também confirmaram que a quantidade de exercícios que a OMS recomenda para adultos mais idosos foi reforçada pelos estudos que examinaram.
Os investigadores descobriram que os adultos mais idosos que não fizeram exercício enfrentavam uma diminuição da função cognitiva. Enquanto os adultos mais idosos que faziam exercícios por si próprios apresentavam pequenas melhorias na função cognitiva independentemente do tipo de exercício que realizavam.
A equipa de investigadores concluiu que o estudo agora realizado mostra que, para os adultos mais idosos que estão em risco ou que têm já doença de Alzheimer, o exercício aeróbio pode ser mais eficaz do que outros tipos de exercício, preservando a capacidade de pensar e de tomar decisões. No entanto lembram que é preciso mais estudos para confirmar as atuais descobertas.