A eurodeputada eleita pelo PSD, Maria da Graça Carvalho, levou a situação da seca em Portugal ao Parlamento Europeu, em Estrasburgo, no debate sobre “a crise da água e da seca na UE como consequência da crise climática e a necessidade de uma estratégia sustentável e resiliente para a Europa”.
Maria da Graça Carvalho referiu em concreto a falta de soluções para o problema da falta de água em Portugal, e em especial no Algarve. Para a eurodeputada, o governo português ainda em funções, “em vez de agir, limita-se a reagir às crises. É o que está a fazer agora, perante uma grave seca, na região do Algarve, que ameaça a produção agrícola, o turismo e o próprio abastecimento urbano”.
“Temos evidências científicas, mais do que suficientes, de que [estes problemas] decorrem das alterações climáticas, e terão tendência para se acentuarem no futuro, em especial nos países do Sul da Europa”, relevou a eurodeputada.
Em face das causas considera que deveriam ser agilizadas “medidas visando a poupança e a reutilização da água. E também, nos casos em que tal se justifique, o recurso a soluções como a dessalinização”.
Para Maria da Graça Carvalho União Europeia, no seu conjunto, deve procurar soluções, e propôs: “Precisamos de uma Estratégia Europeia para a Água. Precisamos de mais ciência e inovação nesta área”, e lembrou: “É por isso que me tenho batido pela criação de uma Comunidade de Conhecimento e Inovação, no âmbito do Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia, dedicada ao estudo da água. Uma iniciativa em que, espero, o meu país venha a assumir um papel importante”.