A estreia mundial de concerto para piano e orquestra de Vasco Mendonça com o destacado pianista francês Roger Muraro, conhecido pelas suas interpretações de referência da música de Olivier Messiaen, e dirigido pelo maestro americano em ascensão, Benjamin Schwartz, decorre a 15 de junho, na Fundação Calouste Gulbenkian.
Depois da estreia mundial em Lisboa é seguida da estreia americana em São Paulo, no Brasil. A peça foi encomendada ao compositor no âmbito da parceria SP-LX, estabelecida entre a Fundação Calouste Gulbenkian e a Orquestra Sinfónica do Estado de São Paulo, com o objetivo de promover a criação, assim como a partilha, da música contemporânea em ambos os países.
O Concerto para Piano é uma das três peças que irão integrar o primeiro cd monográfico do compositor, que será lançado pela editora internacional NAXOS no final de 2018, juntamente com as peças Group Together, Avoid Speech (2012) e Unanswerable Light (2016, rev. 2017).
Este primeiro disco de Vasco Mendonça, um “retrato orquestral”, como a editora o intitula, pretende ser um marco da obra orquestral do compositor até à data, O disco tem o apoio do Instituto Rolex e é coproduzido pela Fundação Calouste Gulbenkian.
Vasco Mendonça tem vindo, nos últimos cinco anos, a ser alvo de um progressivo reconhecimento internacional. A sua primeira ópera, The House Taken Over, estreada no Festival d’Aix-en-Provence, fez uma digressão europeia extensa (Aix, Estrasburgo, Antuérpia, Brugges, Luxemburgo) tendo passado pelo Teatro Maria Matos em Lisboa em fevereiro de 2014.
Em 2017 o compositor apresentou uma nova produção da mesma ópera no National Sawdust em Nova Iorque, estreando-se assim em solo americano. O ano de 2017 ficou também marcado pela estreia da sua segunda ópera, Bosch Beach, encomendada pela Bosch 500 Foundation de Amesterdão, tendo realizado uma tournée europeia pela Holanda, Bélgica, Alemanha e Portugal, assim como com a estreia americana da peça de câmara Fight | Flight | Freeze, no Peter Jay Sharp Theatre do Lincoln Center, no âmbito de um concerto apoiado pelo Instituto Rolex que incluía também peças de Esa-Pekka Salonen e Kaija Saariaho.