O tráfico escravo aceite e regulado pelo Governo, como atesta um passaporte que autoriza “o tráfico da escravatura nos portos do norte de África”, vai, aos poucos, encontrar resistência como mostra a diversa legislação em exibição, da qual o Estatutos da Sociedade Portugueza contra a Escravatura é exemplo.
Relatórios de apreensões de navios negreiros atestam a luta que era travada no mar, enquanto em terra, já no século XVI na sua Arte da Guerra do Mar, o padre Francisco Oliveira critica esta atividade.
Sá da Bandeira, figura em destaque nesta mostra, empreendeu esforços incessantes para abolição de uma prática que lhe sobreviveu, como mostra uma série de fotografias de um relatório de 1902.
Agora a Biblioteca Central de Marinha (BCM) no âmbito de Lisboa, Capital da Cultura Ibero-americana 2017 apresenta a exposição ‘Escravatura: Tráfico, Consciencialização e Combate’ que aborda a temática numa base documental de grande valor histórico para a compreensão do contexto da escravatura nas suas diversas componentes.
A mostra vai estar aberta ao público, com acesso gratuito, a partir de dia 5 de abril, entre as 10H00 e as 12H00, e entre as 14H00 e as 17H00, dos dias uteis, no Torreão Central da Ex Fábrica Nacional de Cordoaria, Arquivo Histórico da Marinha até dia 23 de junho. De 28 de junho a 29 de setembro poderá ser vista nas instalações da Biblioteca, nos Jerónimos.