Nos primeiros dias de atividades letivas presenciais suspensas, por força da situação epidemiológica motivada pelo novo coronavírus, as escolas abertas para dar resposta social a alunos mais carenciados serviram uma média de 5500 refeições, em todo o país indicou o Ministério da Educação (ME).
As escolas acolheram também acolheram cerca de uma centena de filhos ou educandos de trabalhadores de serviços especiais, que necessitaram deste mecanismo de apoio.
O ME perspetiva que com o estado de emergência declarado no dia 18 de março, as necessidades de apoio no acolhimento e no serviço de refeições poderão vir a aumentar, no entanto estão “cerca de 700 escolas preparadas para cumprir a sua missão de serviço público de proximidade” e que atendem “às regras de segurança determinadas pelas autoridades de saúde”.
Articulação com municípios permite respostas diversificadas
Em articulação com os municípios as escolas de acolhimento serviram, em média, 5500 refeições diárias, tendo a região de Lisboa e Vale do Tejo o maior número de solicitações, com uma média de 3500 refeições diárias, seguindo-se a região Centro com cerca de 800, a região Norte com cerca de 650, a região do Alentejo com cerca de 350 e a região do Algarve com cerca de 250.
A distribuição das refeições escolares foi articulada entre os serviços do Ministério da Educação, os municípios e as direções dos Agrupamentos, e assumiram diversas formas:
Alunos/Encarregados de Educação recolhem a refeição embalada e levam-na para casa;
Alunos consomem a refeição no refeitório da escola, respeitando o Plano de Contingência implementado, de acordo com as normas emanadas pela Direção-Geral da Saúde (DGS);
Alunos que se encontram a frequentar a escola ao abrigo do serviço de acolhimento, consomem a refeição no refeitório da escola, respeitando o Plano de Contingência implementado, de acordo com as normas emanadas pela DGS;
Autarquias entregam em casa dos alunos as refeições confecionadas pela escola (serviço take away);
Autarquias confecionam refeições e entregam na casa dos alunos;
Autarquia entrega um cabaz semanal às famílias para as refeições dos alunos serem confecionadas em casa.
No caso do acolhimento de educandos a cargo de profissionais de serviços especiais, o ME indicou que as escolas de referência da região de Lisboa e Vale do Tejo deram, esta semana, resposta a mais de meia centena de alunos, mais de duas dezenas na região Norte, 15 na região Centro e a cerca de uma dezena nas regiões do Alentejo e do Algarve.