ERS encerra unidade de cuidados de saúde na Maia com técnicos sem habilitações para exercício de atos médicos

ERS encerra unidade de cuidados de saúde na Maia com técnicos sem habilitações para exercício de atos médicos
ERS encerra unidade de cuidados de saúde na Maia com técnicos sem habilitações para exercício de atos médicos

A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) determinou o encerramento de unidade de cuidados de saúde na Maia onde eram realizados atos de medicina estética e/ou de medicina dentária sem que os intervenientes tivessem as devidas habilitações e qualificações.

Como divulgado pela ERS a decisão de suspensão imediata da atividade de saúde foi tida como medida cautelar para garantir o direito de acesso dos utentes à prestação de cuidados de saúde adequados, de qualidade e com segurança.

A intervenção da ERS foi tomada na sequência de uma ação de fiscalização na sequência da receção de um conjunto de denúncias sobre a prática de cuidados de saúde na área da estética por profissional não habilitado.

A ERS confirmou no local a suspeita de práticas incorretas com recolha de prova que no “espaço eram realizados atos de medicina e/ou de medicina dentária sem as devidas habilitações e qualificações”.

Entre as provas recolhidas estão:

Procedimentos que requerem o uso de medicamentos e/ou dispositivos médicos cuja embalagem/bula/folheto informativo contém a indicação/ advertência de uso exclusivo por médico – aplicação de toxina botulínica, ácido hialurónico injetável, bioestimuladores, medicamentos anestésicos e fios tensores;

Procedimentos invasivos de injeção/inserção de produtos na pele – designadamente, aplicação de toxina botulínica, ácido hialurónico injetável, bioestimuladores e na aplicação de fios tensores com recurso a agulha;

Consulta de avaliação e diagnóstico médico para planeamento da intervenção no utente.

A ERS indica que foi igualmente apurada a realização de alegadas consultas de psicologia e de atos de enfermagem por profissionais sem as devidas habilitações e qualificações.

“Os factos apurados foram, ainda, comunicados ao Ministério Público e à Ordem dos Médicos, neste último caso por se ter apurado que a direção clínica era assumida por médico num estabelecimento que funcionava com profissionais não habilitados”, indicou a ERS.