Ericsson divulga as 10 tendências em tecnologias para 2017

Realidade virtual e realidade física não serão distinguíveis, em três anos. A inteligência artificial vai ser decisiva na gestão, e mais de 33% das pessoas considera que a privacidade digital já não existe, indica a Ericsson, sobre tendências para 2017.

Ericsson apresenta as 10 tendências em tecnologias para 2017
Ericsson apresenta as 10 tendências em tecnologias para 2017. Foto: © Ericsson

Um dos relatórios do Ericsson ConsumerLab indica que a Inteligência Artificial (IA) poderá vir a ser o tema mais importante durante 2017, e que os consumidores veem a inteligência artificial a desempenhar um papel cada vez mais importante na sociedade e no setor profissional.

O relatório ‘The 10 Hot Consumer Trends for 2017 and beyond’ da Ericsson refere que 35% dos utilizadores avançados da internet indicaram que gostariam de ter um conselheiro de IA no local de trabalho, e 25% gostaria de ter IA na função de chefia.

Os dados e tendências apontadas pelo relatório tem por base a investigação que o Ericsson ConsumerLab tem vindo a realizar a nível global há mais de 20 anos, bem como dados retirados de um inquérito online, realizado junto de utilizadores avançados da internet residentes em 14 grandes cidades do mundo, em outubro de 2016.

Este estudo da Ericsson envolveu a participação de 27 milhões de pessoas, em que o perfil de Early Adopters é considerado importante para uma análise sobre futuras tendências.

A Ericsson apresenta as 10 principais tendências para 2017 e próximos anos:

I16DV001Inteligência Artificial em todo o lado: São 35% os utilizadores avançados da Internet que indicaram querer ter um conselheiro de IA no local de trabalho, e 25% gostaria de ter IA como seu chefe. Ao mesmo tempo, praticamente 50% das pessoas mostra-se preocupada com a perda dos empregos devido ao surgimento de robôs com IA.

 

I16DV002Marcar o ritmo para a Internet das Coisas: Os consumidores usam cada vez mais aplicações automatizadas, contexto que promove a adoção da Internet das Coisas (IoT, sigla em inglês). Sendo que 40% acreditam que os smartphones irão identificar os hábitos de vida dos utilizadores e substitui-los automaticamente na realização de uma série de tarefas.

I16DV003Pedestres fomentam utilização de carros autónomos: Resultados indicam que os condutores de automóveis poderão estar em vias de extinção, dado que 25% dos pedestres admite poder sentir-se mais seguro a atravessar a estrada se os automóveis fossem autónomos, e 65% indicaram preferir um carro autónomo em alternativa ao carro tradicional.

I16DV004Fusão de realidades: Praticamente 80% dos utilizadores de realidade virtual (RV) acredita que deixaremos de conseguir distinguir a RV da realidade física, dentro de apenas três anos, e 50% dos inquiridos está interessado no uso de luvas ou sapatos com capacidade de interação virtual, tirando partido de um mundo de realidade aumentada.

I16DV005Corpos dessincronizados: Com os carros autónomos a tornarem-se cada vez mais uma realidade, aumentam os problemas de enjoo nos automóveis, e 30% prevê que vão necessitar de comprimidos de enjoo. Um em cada três inquiridos admite que precisa de comprimidos de enjoo sempre que utiliza tecnologias de realidade virtual e de realidade aumentada.

I16DV006O paradoxo da segurança dos dispositivos inteligentes: Mais de 50% dos inquiridos do estudo usa alarmes de rastreamento ou notificações nos seus smartphones. Entre os que confirmaram que se sentem mais seguros com o seu smartphone, 60% admitiram que arriscam mais porque confiam na fiabilidade e segurança que o seu equipamento oferece.

I16DV007Silos sociais: Atualmente as pessoas transformam as suas redes sociais em silos. Uma em cada três pessoas inquiridas no estudo referiu que as redes sociais são as suas principais fontes de informação, e mais de 25% dos inquiridos admitiu ainda valorizar mais a opinião dos seus contactos nas redes sociais do que a dos políticos.

 

I16DV008Realidade pessoal aumentada: Mais de 50% das pessoas gostaria de usar óculos de realidade aumentada para iluminar ambientes mais escuros e identificar mais rapidamente potenciais situações de perigo, e mais de uma em cada três inquiridos no estudo da Ericsson gostaria de ser capaz de eliminar elementos perturbadores à sua volta.

 

I16DV009Os limites da privacidade: Cerca de 40% dos utilizadores avançados da Internet indicou que querem usar apenas serviços encriptados, mas as opiniões dividem-se relativamente ao tema. Cerca de 50% referiu que gostaria de ter níveis razoáveis de privacidade garantidos em todos os serviços, e mais de um em cada três acredita que a privacidade já não existe.

I16DV010Tecnologia avançada para todos: Mais de 40% dos utilizadores avançados da Internet gostaria de adquirir todos os seus produtos nas cinco maiores empresas de TI. Desses, três em cada quatro acreditam que isto só será possível daqui a cinco anos.

 

Para Michael Björn, diretor do Ericsson ConsumerLab, “mais do que falar de ‘tempo-real’, devíamos falar sobre o ‘tempo da realidade’. Isto porque, aquilo que conhecemos e designamos por realidade está a tornar-se algo cada vez mais subjetivo e pessoal”.

“Os consumidores rodeiam-se de pessoas com as quais se identificam nas redes sociais, mas ao mesmo tempo começam a personalizar a forma como se relacionam com o mundo, recorrendo às tecnologias de realidade aumentada e de realidade virtual”, acrescentou Michael Björn.

A análise dos dados recolhidos no estudo leva Michael Björn a concluir que “os consumidores querem que o futuro se mantenha totalmente móvel, o que significa que a procura por uma conetividade mais rápida, mais imediata e de baixo consumo deverá aumentar rapidamente. Neste contexto, o tempo da realidade significa que é tempo das redes 5G.”

Infografia: © Ericsson