Análise da Randstad Portugal do Inquérito ao Emprego do Instituto Nacional de Estatística (INE) no terceiro trimestre de 2023, mostra que foi registado um aumento do número de empregados em mais 26.800 pessoas do que no trimestre anterior, o que significa que foi alcançado um número recorde de profissionais no mercado de trabalho português, 5.015.500 profissionais.
No entanto, o desemprego também registou um aumento de 1.400 pessoas face ao segundo trimestre do ano, com a taxa de desemprego atingir a estabilidade, nos 6,1%. A taxa de desemprego das mulheres situou-se acima das dos homens, respetivamente nos 6,7% e nos 5,5%.
A Randstad Portugal refere que ao analisar o período homólogo, é possível perceber que o emprego registou um aumento de 86.400 profissionais, isto é, uma subida de 1,8%. E a população ativa apresentar um aumento de 122.900 pessoas face ao terceiro trimestre de 2022 e o desemprego mostra um crescimento em 13.700 indivíduos relativamente ao período homólogo.
Entre os trabalhadores por conta de outrem (assalariados) houve um crescimento em 35.000 pessoas. Foi registado um aumento de 39.100 dos contratos sem termo e um aumento de 1.400 dos contratos com termo. No entanto, a Randstad Portugal verificou ter havido uma diminuição no grupo dos trabalhadores por contra própria, em 8.200 indivíduos.
Em termos de faixas etárias, a análise da Randstad Portugal revela que nos jovens dos 16 aos 34 anos de idade, registou-se um aumento do emprego em 12.100 profissionais. No grupo dos 45 aos 54 anos, a subida foi de 11.400 pessoas, enquanto que na faixa dos 55 aos 64 anos, o aumento registado foi de 9.700 pessoas. Ainda no grupo dos profissionais com mais de 65 anos, foi registado um crescimento em 5.900 indivíduos. A pesquisa revela, assim, que no terceiro trimestre do ano, o emprego cresceu em todos os grupos etários, exceto na faixa dos 35 aos 44 anos.
Relativamente a setores de atividade, é possível perceber, com base neste estudo, que o emprego cresceu apenas no setor dos serviços, em 43.700 profissionais. Os setores da indústria e agricultura registaram quedas em 5.400 pessoas e 11.500 pessoas, respetivamente, face ao último trimestre deste ano. Alguns subsetores correspondentes à categoria dos serviços, como as atividades administrativas, serviço de apoio, da educação, e atividades de saúde humana e apoio social notaram também um decréscimo no número de profissionais.
Apenas 17,5% dos profissionais empregados em Portugal afirmam ter trabalhado a partir de casa
A análise a partir dos dados fornecidos pelo INE verificou a situação do teletrabalho no país no terceiro trimestre do ano. Do total de 5.015.500 profissionais empregados, apenas 17,5% indicaram ter a possibilidade de trabalhar a partir de casa, o que corresponde a 877.300 indivíduos. Isto implica um decréscimo trimestral de 127.000 profissionais em regime de teletrabalho, o que corresponde a menos 8,6%. E é a Área Metropolitana de Lisboa o local que apresenta a maior percentagem de indivíduos em teletrabalho, com um valor de 39,8%, o que corresponde a 388.200 profissionais. Já a região dos Açores é aquela que apresenta uma menor proporção relativamente ao teletrabalho, com apenas 7,4%, ou seja, 8.200 profissionais.
“A análise dos dados relativos ao teletrabalho, permite-nos obter o perfil mais comum do teletrabalhador português e, deste modo, conhecer cada vez melhor as características dos profissionais, permitindo-nos evoluir. Dos 877 mil profissionais que têm a possibilidade de trabalhar a partir de casa, o maior número em regime de teletrabalho são homens (50,5%), embora a diferença seja pequena em relação às mulheres. Por faixa etária, 49,5% dos profissionais em teletrabalho têm 45 anos ou mais. Em relação ao nível de escolaridade, observa-se que 71,8% dos profissionais em modelo de teletrabalho têm o ensino superior completo”, afirma Isabel Roseiro, diretora de marketing da Randstad Portugal, citada em comunicado da empresa.