O Rali Morocco Desert Challenge teve hoje inicio e a primeira etapa foi ganha, entre os camiões, pela piloto portuguesa Elisabete Jacinto. A primeira etapa entre Agadir e Icht foi particularmente dura. Os 387 quilómetros cronometrados que compunham esta especial foram feitos em solos irregulares, com muita pedra e pistas estreitas que dificultaram a progressão das equipas no terreno.
A equipa Bio-Ritmo da piloto Elisabete Jacinto conseguiu terminar esta complexa etapa em 7h33m54s conseguindo impor uma vantagem de oito minutos em relação ao segundo classificado da categoria o holandês Paul Verheyden que, aos comandos de um DAF, gastou 7h42m05s.
Para Elisabete Jacinto apesar de ter sido um dia cansativo acabou por ser também muito positivo, referindo que “foi um dia realmente difícil. O piso era muito duro e estava repleto de pedras bicudas que degradaram muito os nossos pneus”.
“Tentámos andar depressa, mas era complicado progredir neste piso. A navegação foi deveras complexa e exigiu muita concentração da parte do nosso navegador José Marques. Mas, como sempre, ele fez um trabalho exemplar e conseguimos andar sempre no caminho certo”, explicou Elisabete Jacinto.
Durante o percurso a equipa teve de “parar três vezes para mudar os pneus que, devido ao mau piso, acabaram por furar”. Para além da mudança de pneus que obrigou a perda de tempo, a equipa foi confrontada com “um calor abrasador”, com o termómetro “a marcar os 41 graus”.
Elisabete Jacinto, bem como toda a equipa, no final estavam satisfeitos “com o resultado acima de tudo porque demos o nosso melhor”, referiu a piloto.
A segunda etapa do Morocco Desert Chalenge realiza-se amanhã entre Icht e Foum Zguid. A especial será composta por 359 quilómetros cronometrados cumpridos quase sempre em zonas com pistas bastante rápidas. Mas, no final da etapa os concorrentes terão que atravessar um ‘oued’ bastante arenoso e será necessário ter atenção redobrada para não ficar preso na areia mole.