A piloto Elisabete Jacinto terminou a participação no África Eco Race 2018. Os danos no diferencial da frente do MAN TGS, que partiu durante o sector seletivo de ontem, foram irreparáveis apesar da equipa ter tentado encontrar uma solução para ultrapassar o problema, mas sem sucesso.
O diferencial do camião partiu numa altura em que os portugueses estavam em segundo lugar da categoria T4. A equipa Bio-Ritmo conseguiu terminar a terceira especial circulando apenas com a tração às duas rodas de trás.
As tentativas para resolver a situação não conduziu a uma solução que permitisse aos portugueses continuar em prova, o que não restou o abandono da competição.
A equipa vai continuar a acompanhar a prova até Dakar, e referiu Elisabete Jacinto: “Esforçamo-nos ao máximo para encontrar uma solução para o nosso problema e empenhámo-nos em arranjar um diferencial. Falámos com os concorrentes que tinham camiões iguais ao nosso mas nenhum deles tinha a peça.”
A piloto acrescentou: “Contactámos com o importador em Portugal e havia uma possibilidade de mandar vir a peça de Casablanca. A nossa ideia era fazer a reparação no dia de descanso e continuar na corrida a partir da Mauritânia. Mas por causa do fim-de-semana essa hipótese foi desde logo inviabilizada porque necessitavam de pelo menos quatro dias úteis para enviar a peça.”
Em face da situação “a nossa opção é prosseguir até Dakar”, e a piloto esclareceu: “O Marco e o Hélder arranjaram uma forma de por o camião a rolar por estrada, o que também foi uma experiência inédita. Tenho mesmo muita pena do que aconteceu porque pela primeira vez os amortecedores estavam excelentes o que me permitia andar bastante rápido. O Zé estava a navegar na perfeição e tudo a corria lindamente quando este desaire sucedeu. Foi de facto uma enorme frustração para todos.”
Hoje foi cumprida a quarta etapa do Africa Race que teve uma longa especial de 499 quilómetros cronometrados. Amanhã a caravana chega a Dahkla, onde se realiza a prova, no domingo, o habitual dia de descanso para depois partir para a Mauritânia. O rali termina no dia 14 em Dakar com a disputa da mítica especial cumprida nas margens do Lac Rose.