Os cidadãos da União Europeia vão poder eleger, em maio de 2019, 705 eurodeputados por sufrágio universal direto e escolher, e indiretamente definir qual o próximo presidente da Comissão Europeia.
Para uma tomada de posição, o mais informada possível, vai decorrer, durante os próximos 12 meses, o debate sobre o futuro da Europa envolvendo os cidadãos a nível nacional e local em todos os 27 Estados-Membros.
O Parlamento Europeu (PE) é o centro do debate sobre que tipo de Europa é pretendida pelos cidadãos, pelo que desde janeiro de 2018, os líderes dos governos nacionais têm apresentado no PE a sua visão da Europa e debatido essa visão com os deputados europeus.
O PE anunciou que, no início de junho, vai acolher mais de 8.000 jovens em Estrasburgo, “para ouvir as suas expetativas e receios quanto ao futuro da Europa e discutir o caminho a seguir.”
Dados do Eurobarómetro indicam que “pela primeira vez desde 2007, 60% dos cidadãos europeus considera que a pertença do seu país à União Europeia (UE) é algo positivo e 67% acredita que o seu país beneficiou do facto de ser membro do clube europeu, a percentagem mais elevada desde 1983.”
Para Antonio Tajani, presidente do PE, “as próximas eleições europeias serão, sem dúvida, uma batalha, não apenas entre os partidos tradicionais de direita, esquerda e centro, mas também entre aqueles que acreditam nos benefícios de uma cooperação e integração contínuas a nível da UE e aqueles que iriam desfazer o que foi conseguido nos últimos 70 anos”.
Ao verificar-se uma maior consciência das vantagens de pertencer à União Europeia, dados do Eurobarómetro indicam que “50% dos europeus estão interessados nas eleições europeias, embora apenas um em cada três saiba quando terão lugar”. Para Antonio Tajani “ninguém deve desconhecer a data nem as escolhas cruciais a serem feitas sobre a direção futura de nosso continente”.