Os ‘River Information Services’ (RIS) assentam num conjunto de sistemas de gestão de tráfego e de apoio à navegação que, de acordo com a APDL – Via Navegável do Douro, encontram-se em fase de testes, e os recursos humanos que vão operar os sistemas estão agora em formação.
Com os RIS vai “ser possível conhecer em tempo real o uso da via” fluvial, como um todo e cada uma das embarcações, que a qualquer momento esteja a usar o rio.
Com o conjunto de informação que vai ser disponibilizada, a segurança na navegação irá aumentar, bem como irá aumentar a eficácia na tomada de decisões, tornando o “Douro ao nível das melhores vias fluviais da Europa”.
Os RIS vão aumentar a competitividade da via, uma vez que otimiza a gestão dos recursos da cadeia de transporte fluvial, através de o intercâmbio de informação entre embarcações, eclusas, terminais e portos, indicou a APDL – Via Navegável do Douro.
Os serviços de informação do Douro vão permitir otimizar o uso da infraestrutura através da obtenção de uma visão de médio e longo prazo da via, essencial para o planeamento das operações dos utilizadores do Douro.
Para além de contribuir para a segurança da navegação e de promover a competitividade da via, os RIS têm ainda como objetivo proteger o meio ambiente e apoiar as autoridades em situação de calamidade, mantendo um registo permanente da situação da via, dos recursos disponíveis, da sua localização e facilitando a sua ativação e conjugação em caso de emergência.
A APDL – Via Navegável do Douro indicou que os RIS estarão acessíveis aos utilizadores de “uma forma muito interativa e ágil, assentando essencialmente em plataformas eletrónicas modernas e móveis: JUP2 e RIS Douro / Portal”.
A via navegável do Douro irá compreender uma extensão de 208 quilómetros, desde a Foz do Douro até Barca D’Alva. Uma via que, ao passar a estar disponível e segura para navegação 24 horas por dia, irá tornar-se numa alternativa ao transporte turístico e de mercadorias por via terrestre.
A instalação e disponibilidade dos RIS, da responsabilidade da APDL – Via Navegável do Douro, constam da primeira fase de um projeto alargado sobre a navegabilidade do Douro. Para o efeito conta com o financiamento de 2,3 milhões de euros da Comissão Europeia, no âmbito do Mecanismo Interligar a Europa.
A Comissão Europeia define que os serviços de informação fluvial das vias navegáveis no interior da União Europeia devem disponibilizar um conjunto de serviços, como gestão de tráfego, informação entre embarcações, eclusas, terminais e portos, otimização do uso de infraestruturas, e que através de informação eficiente proteja o ambiente e auxilie as autoridades em situação de catástrofe.
Os RIS incorporam diversos sistemas de informação nomeadamente sobre a Via Navegável e sobre Tráfego, bem como informação sobre Gestão de Tráfego, Gestão de Eclusas, de Apoio a Calamidades, para Logística de Transporte, de Apoio às Autoridades e diversa informação estatística.