Depois de pessoas que tomaram a vacina COVID-19 AstraZeneca terem sofrido da formação de coágulos sanguíneos a Dinamarca suspende a vacinação com a vacina da AstraZeneca. A mesma decisão tinha sido já tomada pela Áustria e mais outros quatro países europeus.
A suspensão refere-se ao uso de um lote da vacina da AstraZeneca depois de, na Austria, uma pessoa ter sido diagnosticada com trombose múltipla e ter morrido 10 dias após a toma da vacina, e de outra pessoa ter sido hospitalizada com embolia pulmonar (bloqueio das artérias dos pulmões), após ser vacinada.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) indicou que até 9 de março, a Áustria tinha relatado dois outros casos de eventos de tromboembolismo depois da toma da vacina do mesmo lote.
A EMA esclareceu que “atualmente, não há indicação de que a vacinação tenha causado essas condições, que não estão listadas como efeitos colaterais com esta vacina.”
A EMA esclareceu também que o lote da vacina da AstraZeneca de um milhão de doses foi entregue a 17 países da União Europeia – Áustria, Bulgária, Chipre, Dinamarca, Estónia, França, Grécia, Islândia, Irlanda, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Holanda, Polónia, Espanha e Suécia – e que alguns países – Estónia, Lituânia, Luxemburgo e Letónia, bem como a Áustria e agora a Dinamarca suspenderam este lote “como medida de precaução, enquanto uma investigação completa está em curso. Embora um defeito de qualidade seja considerado improvável neste estágio, a qualidade do lote está sendo investigada.”
A Agência Europeia indica que “está a investigar os casos notificados com o lote, bem como todos os outros casos de eventos de tromboembolismo e outras condições relacionadas com coágulos sanguíneos, notificados após a vacinação. A informação disponível até agora indica que o número de eventos de tromboembolismo em pessoas vacinadas não é superior ao observado na população em geral.”
“Em 9 de março de 2021, 22 casos de eventos de tromboembolismo foram relatados entre os 3 milhões de pessoas vacinadas com a vacina AstraZeneca COVID-19 no Espaço Económico Europeu”, acrescentou a EMA.