Para Shakespeare, a música tinha um poder transformador único. É pois este poder que esperamos reavivar em mais uma edição.
Revisitar Shakespeare é sempre um desafio, dada a proliferação de estudos universitários, encenações e adaptações que foram sendo feitas ao longo dos tempos pelos mais diversos discursos artísticos – do teatro ao cinema, do ensaio à literatura, da dança à música.
Contudo, se a sua biografia ainda é terreno de polémicas, a sua obra continua a fascinar pelo que tem de avassalador na abordagem da natureza das paixões humanas e a suscitar permanentes releituras. A música, em particular, tem uma profunda relação com Shakespeare, seja pelo que escreve sobre a música, seja pela forma como a sua obra fascinou e influenciou compositores de todas as épocas, dando origem a um vastíssimo repertório, da música de cena à ópera e ao ballet, do poema sinfónico à música para piano solo, da canção ao musical norte-americano.
Desde obras inspiradas no dramaturgo, à música criada no seu tempo, este ano todos os caminhos vão dar a Shakespeare. O CCB indicou que em breve vai divulgar o programa dos “Dias da Música” em Belém.