Os Dias da Música, em Belém, de 2018, inspiram-se no mundo perturbante e fantástico das pinturas de Hieronymus Bosch. Partem da observação das obras do mestre flamengo e ramificam num sem número de relações, que vão desde o universo de Dante até ao mito de Fausto. Uma pluralidade de leituras, que serão materializadas num festival que se apresenta em forma de Tríptico, fórmula tão querida a Bosch.
Arranca no dia 21 de abril com o Festival Jovem, dedicado aos melhores grupos jovens. No dia 26 apresenta a Portada do Tríptico com uma obra que aborda a expulsão do Paraíso (A Criação de Haydn), no dia 27 é o momento de passar pelo Inferno (com a Danação de Fausto de Berlioz), no dia 28 são exploradas as Culpas, os Pecados e as Tentações Terrenas (Sete Pecados Mortais de Kurt Weill, Gianni Schicchi de Puccini ou Caim de Alessandro Scarlatti), e no dia 29 encerra com uma programação dedicada às Graças Divinas e à Reconquista do Paraíso, recorrendo à oratória Das Paradies und die Peri de Schumann.