A Associação Portuguesa da Doença Inflamatória do Intestino (APDI), em conjunto com congéneres de todo o mundo, comemoram o Dia Mundial da Doença Inflamatória do Intestino (DII), em 19 de maio. Para assinalar o dia o Cristo-Rei, em Almada, é iluminado de cor púrpura a partir das 20h30.
Com o lema, deste ano, ‘unir forças para tornar o invisível visível’, a APDI realiza ações para fazer chegar alguns conhecimentos sobre a realidade da doença à população portuguesa, alertando para as patologias crónicas: Crohn e Colite Ulcerosa.
As duas patologias atingem já “mais de 15 mil portugueses”, em que a “maioria está nas idades produtivas”. As patologias “são também incapacitantes e complicadas de gerir no dia-a-dia, principalmente nos momentos de crise.”
Martin Kojinkov, Presidente da Federação Europeia de Associações de Crohn e Colite Ulcerosa (EFCCA), refere: “O Dia Mundial da DII é muito importante para nós, porque nos organizamos para chegar à comunidade global e destacar as lutas diárias e impacto da doença sobre os 5 milhões de pessoas que vivem com DII, incluindo mais de 3 milhões de pessoas na Europa”.
O especialista acrescenta que “é realmente surpreendente ver o apoio e a participação de tantas cidades e cidadãos se unindo em nossos esforços para tornar visível o invisível”.
No âmbito das comemorações do dia mundial da DII é analisada a Relação Médico-Doente na DII, no dia 20 de maio, na Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP). O workshop envolve diferentes profissionais de saúde, dado que a DII “tem vertentes e fases muito diferentes em que, muitas vezes, é necessária a intervenção de uma equipa multidisciplinar para contrariar a agudização da patologia.”
Os gastrenterologistas são os parceiros mais diretos dos doentes com DII, indica a APDI, “mas outros profissionais de saúde são também chamados para apoiar e ajudar em diferentes fases e estádios da doença.”
“Enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, farmacêuticos e várias outras especialidades clinicas têm igualmente um papel direto e interventivo na doença e junto dos doentes”. O encontro dos especialistas tem como objetivo um trabalho em conjunto “colocando o doente no centro e à sua volta envolver uma equipa multidisciplinar que o possa acompanhar em todas as problemáticas da doença.”