António Duarte Arnaut morreu ontem aos 82 anos. “Uma figura de proa da República Portuguesa”, um “antifascista e democrata convicto”, que “cedo se juntou à resistência contra o Estado Novo, não hesitando em opor-se-lhe, uma e outra vez, por palavras e ações”, uma personalidade reconhecida pelo país e por isso o Governo decreta pela sua morte um dia de luto nacional.
Depois da Revolução de 1974, António Duarte Arnaut, foi eleito deputado à Assembleia Constituinte, e Ministro dos Assuntos Sociais do II Governo Constitucional, tendo, nessa qualidade, impulsionado “uma das grandes conquistas do Portugal democrático: a criação de um Serviço Nacional de Saúde universal, geral e tendencialmente gratuito, que assegura a todos os cidadãos o direito fundamental à proteção da saúde.”
Ao longo da vida e como profissional de advocacia, António Arnaut, manteve uma postura cívica ímpar, defendendo com elevação mas incondicionalmente, até ao final da sua vida, a “construção de uma sociedade livre, justa e solidária”.