A Direção-Geral da Saúde (DGS) e a Ordem dos Farmacêuticos (OF) estabelecem parceria para a promoção de uma melhor educação para a saúde. O projeto “Segurança nos cuidados de saúde” é dirigido ao cidadão e aos profissionais de saúde.
Qual a importância de verificar a validade de um medicamento? Qual a diferença entre um medicamento de marca e um genérico? São algumas das questões que pretendem ser respondidas no curso “Uso Seguro e Responsável do Medicamento”, lançado em julho e que conta com a participação da atriz Sofia Grilo.
Ema Paulino, Diretora Nacional da Ordem dos Farmacêuticos, referiu: “Mais de 50% dos portugueses não toma corretamente a sua medicação, este é um facto que limita o propósito final dos medicamentos, ou seja, a melhoria da qualidade de vida”. Por isso, “o primeiro curso online, da campanha formativa, tem como objetivo não só estimular uma melhor compreensão sobre o medicamento, mas também promover a adoção de comportamentos mais responsáveis e seguros na utilização de medicamentos”.
A responsável da OF concluiu: “Este curso é composto por um conjunto de dicas, práticas e recomendações para o doente e/ou o cuidador tirar um melhor partido da terapêutica prescrita”.
A parceria entre a Direção-Geral da Saúde e a Ordem dos Farmacêuticos envolve no total a realização de seis cursos, em formato de Curso Online Massivo e Aberto (Massive Open Online Course) que são integrados no “Projeto NAU – Ensino e Formação à Distância da Administração Pública para Grandes Audiências”, e que contam com o apoio institucional da Ordem dos Médicos e da Ordem dos Enfermeiros.
São seis os cursos preparados para esta campanha de educação para a saúde e que vão ser disponibilizados até ao final do ano:
■ Uso Seguro e Responsável do Medicamento;
■ Higiene das Mãos na Prevenção de Infeções;
■ Prevenção de Úlceras por Pressão;
■ Prevenção de Quedas;
■ Segurança Cirúrgica;
■ Prevenção de Infeções e Resistência aos Antibióticos.
Para Anabela Coelho, Chefe de Divisão da Gestão da Qualidade da Direção-Geral da Saúde, “estes cursos devem ser também realizados pelos profissionais de saúde na medida em que constituem uma requalificação e formação continua e uma resposta para a capacitação do utente”, pois “de acordo com o paradigma atual, o cidadão deixou de ser alguém que recebe o cuidado de forma passiva”.
A especialista da DGS acrescentou: “O que desejamos, enquanto profissionais de saúde, é que o cidadão seja parte ativa no seu processo terapêutico. Assim, quanto mais informação o utente tiver sobre o seu processo de cuidados de saúde maior será a sua participação no processo de decisão”.