Os vírus da varíola podem ser transmitidos pelo contato direto com fluidos corporais, mas também pelas mãos contaminadas. “Para evitar a propagação da varíola dos macacos, uma boa higiene das mãos é essencial”, afirmou Toni Meister, principal autor de um estudo já publicado na revista “Emerging Infectious Diseases”.
No estudo desenvolvido por uma equipa da Universidade Ruhr, em Bochum, e da Universidade Heinrich Heine, em Düsseldorf, para testar a eficácia dos desinfetantes recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os pesquisadores colocaram os vírus em contato com uma das formulações recomendadas, e como com seus principais componentes etanol e isopropanol individualmente. Após um tempo de exposição de 30 segundos, os investigadores verificaram o número de partículas virais que ainda eram infeciosas em comparação com o valor da linha de base, mostrando que ambos os desinfetantes da OMS inativam suficientemente o vírus.
Como a maioria dos desinfetantes comerciais contém etanol ou isopropanol, os investigadores concluíram que também devem inativar o vírus, sendo o fator crítico “a concentração dos ingredientes”, referiu Toni Meister. “Desinfetantes que contêm 40 a 60% de etanol por volume ou 40% de isopropanol ou mais são eficazes contra a varíola dos macacos”, acrescentou o investigador
As formulações recomendadas pela OMS consistem em 80% de etanol por volume, 1,45% de glicerol por volume e 0,125% de peróxido de hidrogénio por volume, ou o desinfetante II que consiste em 75% em volume de isopropanol, 1,45 % em volume de glicerol e 0,125% em volume de peróxido de hidrogénio.