Com a pandemia da COVID-19 foi visível a importância dos testes para as doenças, e um grande número de pessoas foi submetido, nos últimos anos, a testes de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) ou de Ensaio de Imunoadsorção Enzimática (ELISA).
No entanto, são formas de teste que não são perfeitas. Testes que exigem grandes volumes de amostra, envolvem procedimentos complexos e até mesmo representam um risco de expor o operador de teste ao vírus.
Uma equipa de investigadores da Universidade de Tohoku desenvolveu um novo sistema de teste quantitativo designado por “Express Biochecker”.
Os detalhes da investigação já foram publicados em Langmuir e mostram que o teste fornece um método simples, rápido e de baixo custo para detetar a proteína N do coronavírus. Este novo sistema, que incorpora tecnologia avançada microfluídica não se limita ao coronavírus e os investigadores esperam que, no futuro, seja aplicado a outras doenças virais, como gripe e hepatite.
“O novo sistema de imunoensaio é baseado em partículas Janus, que, assim como o Deus Romano que as homenageia, possuem duas ‘faces’ ou lados”, diz Hiroshi Yabu, investigador da Universidade de Tohoku. “Um lado é revestido com um corante fluorescente e o outro com partículas magnéticas e anticorpos.”Essas partículas são projetadas para se ligar especificamente a antígenos alvo, como proteínas virais, e podem ser usadas em conjunto com dispositivos microfluídicos imobilizados por anticorpos para medições altamente precisas.
“A força desse sistema está em sua versatilidade”, acrescentou Eiichi Kodama, da Universidade de Tohoku. “Ele não só pode ser usado para deteção viral em outras doenças, mas também tem o potencial de ser adaptado para medir outros biomarcadores relacionados a várias condições. Isto pode abrir novos caminhos para diagnósticos médicos.”
Os investigadores indicam que a próxima fase do estudo vai concentrar-se na expansão das aplicações do sistema para incluir a deteção de outros marcadores de doenças.