Investigadores do Markey Cancer Center da Universidade do Kentucky descobriram que, quando as células cancerígenas sensíveis à terapia morrem, liberam um ‘péptido assassino’ que pode eliminar as células resistentes à terapia.
A recaída tumoral é um problema comum após o tratamento do cancro, porque as células tumorais primárias geralmente contêm células de cancro resistentes à terapia que continuam a proliferar após a eliminação das células sensíveis à terapia.
No novo estudo, publicado na revista ‘Cancer Research’, os cientistas do Markey Cancer Center identificaram um fragmento ‘amino-terminal’ Par-4 (PAF) que é libertado por diversas células cancerígenas sensíveis à terapia após a clivagem induzida por terapia da proteína Par-4 de supressão de tumor.
O PAF causa a morte de células cancerígenas resistentes à terapia e inibe o crescimento tumoral metastático em ratos. Além disso, o PAF entra apenas em células cancerígenas, e não em células normais, mantendo o tecido saudável intato.
As descobertas indicam que este PAF gerado naturalmente poderia potencialmente ser aproveitado para atingir células vizinhas ou distantes do cancro e assim superar metástases e a resistência terapêutica em tumores.
“Esta nova informação poderá, de forma positiva, ajudar os médicos a planear os seus tratamentos, de modo a usar as células sensíveis do tumor a libertar o péptido para ajudar a eliminar as células resistentes”, referiu Vivek Rangnekar, investigador principal e Alfred Cohen, presidente de investigação oncológica do Departamento de Medicina de Radiação do Colégio da Medicina, do Reino Unido.
Os investigadores acrescentaram: “Estamos a desenvolver um PAF contra metástases tumorais resistentes à terapia para as quais nenhuma outra opção de tratamento está disponível”.