Uma equipa de investigadores do Centro de Investigação em Biomedicina (CBMR) da Universidade do Algarve, liderada por Wolfgang Link e composta por investigadores nacionais e internacionais, procederam a estudos sobre as proteínas FOXO.
As proteínas FOXO funcionam como proteínas supressoras, e surgem, normalmente, inativas em tumores humanos. “Para além desta sua relação com o cancro, a variação genética das proteínas FOXO surge constantemente associada à longevidade humana”.
Para identificar os agentes capazes de ativar as proteínas FOXO, a equipa de investigadores de Wolfgang Link testaram um conjunto de compostos químicos recorrendo a tecnologia image-based high content screening.
Os investigadores verificaram que o fármaco sintetizado LOM612 é um potente realocalizador da proteína FOXO que, “devido ao seu efeito antiproliferativo nas células cancerígenas”, pode vir a ser decisivo na luta contra o cancro.
Os investigadores consideram que “a ativação das proteínas FOXO por fármacos pode ser vista como uma nova abordagem terapêutica para tratar o cancro e doenças relacionadas com o avanço da idade”.
Os resultados da investigação, que envolve diversos investigadores, incluindo as investigadoras portuguesas Bibiana Ferreira e Susana Machado, do CBMR, foram já publicados na revista científica ‘PLOS ONE’.
Os investigadores relatam no estudo, com o título ‘Discovery of a novel, specific isothiazolonaphthoquinone-based small molecule’, que o composto químico LOM612 pode ser usado como um potente realocador das proteínas FOXO.