Demência pode afetar três vezes mais pessoas em 30 anos

População a sofrer de demência deverá crescer exponencialmente nos próximos 30 anos, concluiu estudo da Organização das Saúde. Dos atuais 50 milhões de pessoas que sofrem de demência o número deverá passar para os 152 milhões até 2050.

Envelhecimento da população mundial
Envelhecimento da população mundial. Foto: DR

Com o gradual envelhecimento da população mundial, estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que o número de pessoas que sofre de demência deverá aumentar exponencialmente em 30 anos. Prevendo que os atuais 50 milhões de doentes passem a 152 milhões até 2050.

Com o objetivo de contrariar a tendência de crescimento da doença a OMS lançou ontem, dia 7 de dezembro, o Observatório Global de Demências (Global Dementia Observatory). Uma plataforma que tem como objetivo partilhar dados sobre a doença juntos dos países, para que os governos “criem políticas que fortaleçam sistemas de saúde e de assistência social que ajudam pessoas com demência e os seus cuidadores.”

Para Joaquim Cerejeira, Diretor Clínico da Unidade Psiquiátrica Privada de Coimbra (UPPC), “é preciso apostar na prevenção da demência, diminuindo os fatores de risco como tabagismo, isolamento social e inatividade física, mas também promovendo a estimulação cognitiva e outras atividades que permitam exercitar o cérebro das pessoas”.

A demência e os sintomas

A UPPC indica, em comunicado, que a demência é o termo utilizado para descrever os sintomas de um grupo alargado de doenças que causam um declínio progressivo no funcionamento da pessoa. A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, constituindo cerca de 50% a 70% de todos os casos.

Os sintomas iniciais de demência incluem:

perda de memória frequente e progressiva;
confusão;
alterações da personalidade;
apatia e isolamento;
e perda de capacidade para a execução das tarefas diárias.

Com o agravamento da doença verifica-se:

agitação;
comportamento motor aberrante;
ansiedade;
exaltação;
irritabilidade;
depressão;
delírios;
alucinações;
e alterações do sono ou do apetite.

A Unidade Psiquiátrica Privada de Coimbra pretende ter também um papel na educação para a saúde mental, com a realização de cursos de ensino e formação para profissionais e cuidadores, estudos de investigação e eventos científicos.