Estudo que envolveu mais de 2.500 pessoas demonstrou os efeitos da luminância sobre a qualidade e consistência das tomadas de decisão financeira.
A luminância é uma medida da quantidade de luz que chega à superfície da Terra. Esta quantidade de luz pode ser afetada pela existência de nuvens, humidade, partículas em suspensão e varia de hora do dia e durante o ano.
Os investigadores sabem que a luminância afeta o comportamento, devido a sensores na retina humana que transportam informações contínuas sobre níveis de luz para o hipotálamo, uma seção do cérebro que regula funções como a fome, o sono e o desejo sexual.
Agnieszka Tymula, da Universidade de Sydney, e Paul Glimcher, da Universidade de Nova Iorque, desenvolveram um estudo de investigação, já publicado na revista científica ‘PLOS ONE’, sobre a influência da luminância em 2.530 decisões de pessoas, sobre apostas monetárias.
Os investigadores verificaram que “nos dias com maior intensidade de luz as pessoas pioraram nas decisões, e foram mais inconsistentes nas escolhas que fizeram”.
Um das conclusões do estudo foi de que quando o nível de luminância é alto, as pessoas são mais propensas a evitar riscos conhecidos. Os resultados da investigação indicam que “em geral, os efeitos não são de enorme magnitude, no entanto, são consistentes, significativos e fortes o suficiente para se esperar que tenham efeitos significativos nos mercados financeiros”.
Os investigadores submeteram os participantes no estudo a 40 decisões monetárias, tendo para isso utilizado telas sensíveis ao toque instaladas numa exposição sobre o envelhecimento na National Academy of Science Museum, em Washington.
Os dados comportamentais das respostas recebidas no museu foram então associados com medições de luminância duma estação meteorológica próxima. Os investigadores verificaram que a luminância afetou de diferentes maneiras a tomada das decisões.