O cardeal D. António Marto, bispo da Diocese de Leiria-Fátima, nomeou uma Comissão para a Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis. Ao instituir a Comissão D. António Marto pretende dar corpo às orientações do Papa Francisco e da Conferência Episcopal Portuguesa.
D. António Marto refere, no documento que institui a Comissão, que é sua vontade e missão da Igreja defender e cuidar dos mais frágeis e vulneráveis e em face dessa consciência o dever “de procurar não só conter os gravíssimos abusos de consciência, de poder e sexuais com medidas disciplinares e processos civis e canónicos, mas também enfrentar decididamente o fenómeno dentro e fora da Igreja”.
Para o bispo da Diocese de Leiria-Fátima, como expressa no documento, é necessário dar uma atenção especial às palavras do Papa Francisco que considera o problema dos abusos sexuais “uma desumanidade, que se torna ainda mais grave e escandalosa na Igreja, porque está em contraste com a sua autoridade moral e a sua credibilidade ética”.
A Comissão agora instituída vem também cumprir a vontade o Papa Francisco de se criar nas Dioceses, um serviço e um espaço estáveis e facilmente acessíveis ao público para apresentar as denúncias de abusos sexuais e de poder cometidos por clérigos, membros de institutos de vida consagrada ou de sociedades de vida apostólica e onde seja possível desenvolver “procedimentos tendentes a prevenir e combater estes crimes que atraiçoam a confiança dos fiéis”.
A Comissão para a Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis vai receber as denúncias que lhe cheguem por qualquer via (pessoal, carta, telefonema ou correio eletrónico), recolher os depoimentos e encaminhar a informação recebida para as autoridades eclesiásticas e civis competentes, e ainda oferecer apoio e acompanhamento às vítimas e denunciantes. Entre outras a Comissão tem também a missão de promover ações de sensibilização para uma cultura de responsabilização e de prevenção.
A Comissão, nomeada por D. António Marto, com sede no Centro Pastoral Diocesano, no Seminário de Leiria, é presidida pelo advogado Rui Alberto Rodrigues e inclui psicóloga clínica Lígia Pedrosa, a assistente social Maria da Conceição Lopes, o superintendente da PSP Rafael Marques e o padre José Augusto Rodrigues.