Em comunicado, Francisco George, presidente nacional da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), indica que “têm sido difundidos alguns comentários negativos e perturbadores sobre a utilização parcial do fundo resultante dos donativos em dinheiro para pagamento de 210 mil euros, a fim de custear o voo charter do Boeing 767 da EURO ATLANTIC” que transportou ajuda humanitária para Moçambique.
Em face do que tem sido divulgado o comunicado da CVP esclarece que sem voo direto Lisboa – Beira, realizado, ontem, a 24 de março, o apoio a Moçambique não seria possível, referindo nomeadamente:
“1. Não teria sido possível deslocar para a Cidade da Beira um Hospital de Campanha com 5 toneladas e geradores para fornecimento de energia elétrica, que agora já se encontram na Beira;
2.Não teria sido possível, também, transportar para a Beira 500 quilos de fibra ótica para restabelecer as comunicações;
3.Não teria sido possível, igualmente, levar 15 toneladas de medicamentos que foram parcialmente oferecidos ou fornecidos a preço de custo pela Industria Farmacêutica Portuguesa;
4.Não teria sido possível, do mesmo modo, transportar rapidamente os donativos em alimentos, entretanto doados, visto que o tempo necessário à via marítima seria intolerável;”
Francisco George esclarece ainda:
“5. Todas as receitas (que ultrapassam já 865 mil euros) e despesas estão publicitadas na PÁGINA DA TRANSPARÊNCIA, no Site da Cruz Vermelha Portuguesa, na rubrica correspondente aos apoios a Moçambique, incluindo a fatura do voo em causa;
6. A contabilidade da Operação Embondeiro por Moçambique é auditada diariamente pelo Professor José Azevedo Rodrigues, na qualidade de Auditor Externo Independente, designado para o efeito e já em funções.”