As crianças podem não ser tão infeciosas ao espalhar o coronavírus SARS-CoV-2 para outras pessoas como se pensava anteriormente, a conclusão é de uma nova investigação conduzida pela Universidade de Manitoba e publicada no Canadian Medical Association Journal.
“As nossas descobertas têm implicações clínicas e de saúde pública importantes”, escreve o investigador principal Jared Bullard, pediatria, especialista em saúde infantil, microbiologia médica e doenças infeciosas, e professor associado do Max Rady College of Medicine, Universidade de Manitoba.
O investigador acrescentou que se as crianças mais novas são menos capazes de transmitir vírus infeciosos, as creches, as escolas e atividades extracurriculares podem ser seguras, e assim, ser dada continuidade às atividades presenciais, com as precauções adequadas em vigor, “e com menor risco para a equipa de assistência infantil, educadores e equipa de apoio do que o inicialmente estava previsto. ”
Catorze investigadores de várias disciplinas da Universidade de Manitoba, Laboratório Provincial de Cadham, Cuidados de Saúde Seniores de Manitoba e da Agência de Saúde Pública do Laboratório Nacional de Microbiologia do Canadá analisaram amostras de 175 crianças e 130 adultos em Manitoba, infetados com SARS-CoV-2, para verificar se havia uma diferença na infecciosidade. Usando culturas de células de swabs nasofaríngeos, os investigadores estudaram as cargas virais em ambos os grupos para determinar se as crianças eram mais infeciosas e verificaram que as crianças apresentavam menor infecciosidade que os adultos.
Os investigadores escrevem que “isto é particularmente importante devido ao aumento da probabilidade de infeção assintomática neste grupo” etário de crianças e jovens.