Timor-Leste entrou, hoje, 28 de março, em estado de emergência e encerrou todos os estabelecimentos de ensino, suspendendo as atividades letivas presenciais, bem como restringiu os transportes aéreos com o exterior.
O Ministério da Educação português referiu, em comunicado, que que com a declaração de estado de emergência em Timor-Leste “os professores portugueses envolvidos em projetos de cooperação poderão ver temporariamente suspensas as suas atividades presenciais nas escolas”, e assim, “com o acordo dos Ministérios da Educação dos dois países, ausentar-se de Timor-Leste pelo período que durar aquela suspensão”.
Os Ministérios da Educação e dos Negócios Estrangeiros portugueses indicaram que face a atual dificuldade de ligações aéreas, será preciso garantir aos professores portugueses em Timor-Leste um apoio consular específico, e que “o Estado português diligenciará no sentido de conseguir uma operação de transporte aéreo a Portugal, naturalmente sujeita a condições aceitáveis de contratação no mercado e às autorizações internacionais necessárias”.
A operação de transporte aéreo, indicam os dois Ministérios, “destina-se primordialmente a apoiar o regresso temporário de professores sem atividades letivas presenciais, nos termos a definir pelas entidades competentes, e seus familiares diretos.
Por sua vez “o apoio consular a ser prestado far-se-á nos termos do Regulamento Consular, obrigando, portanto, à comparticipação dos beneficiários nos custos da operação aérea, nas condições aí definidas”.
Os dois Ministérios portugueses lembram que com a saída temporária dos professores “não está em causa qualquer projeto de cooperação entre Portugal e Timor-Leste, que é um elemento central do excelente relacionamento entre dois países amigos e irmãos”.
“Portugal expressa a sua profunda gratidão ao povo timorense pela amizade sem falhas que devota aos portugueses; e agradece às autoridades timorenses por todos os esforços feitos no sentido de apoiar os portugueses que ali exercem as suas atividades”, indicaram ainda os dois Ministérios.
Nos últimos dias têm vindo a ser dadas notícias de alguns professores portugueses em Timor-Leste se sentirem ameaçados por alguns locais que os consideram propagadores do vírus. Os professores consideram também se sentem preocupados por considerarem que o sistema de saúde timorense não aguente uma situação de um possível surto epidémico grave.