O navio da Marinha, NRP Jacinto Cândido, vai durante três meses cumprir, na Região Autónoma dos Açores, a missão de contribuir para o incremento da segurança, integrando o dispositivo de busca e salvamento marítimo, de todos os que usam o mar dos Açores, seja por motivos profissionais ou lúdicos.
O NRP Jacinto Cândido é comandado pelo capitão-tenente Eduardo Luís Pousadas Godinho e dispõe de um total de 78 militares embarcados, incluindo uma equipa de fuzileiros do pelotão de abordagem, dois mergulhadores e um médico naval, indicou a Marinha em comunicado.
A Corveta Jacinto Cândido irá desta forma “assegurar a fiscalização dos espaços marítimos do arquipélago dos Açores, tendo em vista o exercício da autoridade do Estado no mar, e ainda, a presença junto das diversas comunidades das ilhas que constituem o arquipélago.”
As atividades do navio, tendo em conta os objetivos da missão, incluem “ações de patrulhamento, proteção e controlo das atividades marítimas, bem como de proteção dos recursos naturais”.
O navio dispõe de recursos humanos e técnicos especializados, que fazem parte da guarnição ou que se encontram embarcados nesta missão, para prestar assistência a pessoas e embarcações, bem como para colaborar com a proteção civil local e demais autoridades em situações de calamidade ou catástrofe natural.
A Corveta Jacinto Cândido foi lançada à água em 16 junho de 1970, há quase 47 anos, tendo participado em diversas missões, nomeadamente de 1971 a 1975 nas antigas províncias ultramarinas portuguesas de Moçambique, Guiné e Cabo Verde e a partir daí em vários exercícios de âmbito nacional e internacional, operando nas águas de interesse nacional, nomeadamente no desempenho de missões de busca e salvamento, vigilância e fiscalização das águas territoriais e da Zona Económica Exclusiva.
Em janeiro de 1980 a corveta deu apoio às populações dos Açores por ocasião do sismo do dia 1 de janeiro, tendo vindo, por essas ações, a ser condecorada, em 13 de maio de 1981, com a medalha de ouro de serviços distintos, pelo Presidente da República, General António Ramalho Eanes.
De lembrar que o patrono, que lhe dá nome, Jacinto Cândido da Silva, nasceu em Angra do Heroísmo, nos Açores, em 30 de novembro de 1857. Este angrense formou-se em direito em Coimbra, professor em Angra do Heroísmo, eleito deputado 1886, fundador do Partido Nacionalista, ministro da Marinha e do Ultramar entre 1895 e 1897. Enquanto ministro desempenhou um papel importante na renovação da Armada.