O Comissário para o Comércio apresentou a demissão que já foi aceite pela Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. O Comissário Phil Hogan indica no pedido de demissão que a controvérsia relativa a uma recente visita à Irlanda estava a dificultar-lhe a concentração no trabalho.
A controvérsia deve-se à presença do Comissário num encontro com um número de pessoas superior ao recomendado pelas autoridades de saúde. Um encontro sobre o qual o Comissário refere: “Sempre tentei cumprir todos os regulamentos COVID-19 relevantes na Irlanda e entendi que havia cumprido todas as diretrizes de saúde pública relevantes, principalmente após a confirmação de um teste COVID-19 negativo”.
Mas Phil Hogan apresenta “desculpas ao povo irlandês pelos erros que cometi durante minha visita. O povo irlandês fez esforços incríveis para conter o coronavírus e a Comissão Europeia continuará a apoiá-lo, a si e a todos os Estados-Membros da UE, para derrotar esta terrível pandemia”.
O Comissário refere que reconhece “o impacto devastador da COVID-19 sobre os indivíduos e famílias”, e por isso indica que compreende perfeitamente “o sentimento de mágoa e raiva quando sentem que os funcionários públicos não atendem aos padrões que se esperam deles”. Mas acrescenta: “É importante ressalvar que não infringi nenhuma lei. Como representante público, deveria ter sido mais rigoroso na minha adesão às diretrizes da Covid”.
Ursula von der Leyen referiu que respeita a decisão do comissário Phil Hogan e acrescentou: “ Estou-lhe muito grata pelo seu trabalho incansável como Comissário do Comércio desde o início deste mandato e pelo seu mandato de sucesso como Comissário responsável pela Agricultura no anterior Colégio. Ele era um membro valioso e respeitado do Colégio. Desejo-lhe tudo de bom para o futuro”.