No Conselho da União Europeia da Energia os Ministros dos Estados-Membros consideram que a União Europeia entrou no período que exige aquecimento numa base relativamente sólida, devido às medidas que foram tomadas e ao Plano REPowerEU.
A Comissária europeia para a Energia, Kadri Simson, referiu: “Os nossos armazenamentos de gás estão a 95% da capacidade e as injeções no armazenamento continuam”, e “este é o nosso seguro contra interrupções no fornecimento e ajuda a manter os preços estáveis.”
“As energias renováveis estão em constante aumento e o fornecimento de gás tem sido diversificado”, referiu Kadri Simson, e acrescentou que “no final do ano assistiremos ao fim do acordo de trânsito de gás entre a Gazprom e a Naftogaz”.
“A Comissão tem trabalhado em estreita colaboração com os Estados-Membros mais afetados para se preparar para um cenário de trânsito zero a partir de 1 de janeiro de 2025”, entretanto, “a Europa Central e do Sudeste diversificou as opções de abastecimento para substituir totalmente os 14 milhares de milhões de metros cúbicos de gás natural (bcm, unidade de medida) de gás russo que ainda transitam pela Ucrânia.”
A Comissária referiu que os novos terminais de gás natural e os existentes têm capacidade suficiente, e que a infraestrutura de transporte existe e existem várias rotas de abastecimento alternativas para as importações de gás natural e também gasodutos. “Já o disse antes e volto a dizer: não há desculpas, a UE pode viver sem este gás russo.”
“Se os Estados-Membros preferirem continuar a importar gás russo, e o fizerem mesmo para além da capacidade contratada, ou se desejarem assinar novos acordos para novas capacidades, quero ser clara: isso não é uma necessidade. É uma escolha política e perigosa” afirmou a Comissária.
“Devemos recordar que os custos das relações com a Rússia não são apenas medidos pelo preço do gás, mas também pelas vidas perdidas na Ucrânia”, concluiu a Comissária europeia para a Energia, Kadri Simson.