A Comissão Europeia e o Alto Representante da União Europeia, Josep Borrell, em declaração conjunta referem que, de acordo com a Missão Internacional de Observação Eleitoral do Gabinete das Instituições Democráticas e dos Direitos Humanos (ODIHR) da OSCE, às eleições presidenciais e ao referendo na Moldávia, ambos os processos de votação foram bem geridos.
A conclusão da Missão Internacional indica que os concorrentes à presidência da Moldávia fizeram campanha num “ambiente caracterizado por preocupações com interferências estrangeiras ilícitas e esforços ativos de desinformação”.
“As autoridades responsáveis pela aplicação da lei, muitos intervenientes internacionais e a sociedade civil proclamaram que a Moldávia é alvo de uma ‘guerra híbrida’ em curso, dirigida a partir do exterior, que inclui várias formas de interferência manipulativa para desestabilizar o país, financiamento ilícito de intervenientes políticos, campanhas de desinformação e ataques cibernéticos”, refere a declaração.
A Comissão Europeia acusa a Rússia e os seus representantes de “tentaram ativamente minar o processo democrático e de votação na Moldávia”, mas face ao resultado atingido a Comissão elogia “as autoridades moldavas pelo sucesso na organização das eleições e do referendo constitucional.”
Os últimos resultados do referendo indicam que 50,46% dos cidadãos responderam “SIM” à União Europeia e 49,54% assinalaram o “NÃO”. Assim, o “SIM” ganha mas com uma margem muito pequena.
“Congratulamo-nos com os resultados do referendo constitucional, no qual o povo moldavo manifestou o seu desejo de ancorar o seu futuro na União Europeia”, refere a Comissão Europeia e o Alto Representante da União Europeia.
No caso das eleições presidenciais, com os resultados apurados, a candidata Maia Sandu, e atual Presidente pro-Europa, terá recolhido cerca de 42,45% dos votos e o candidato Socialista Alexander Stoianoglo, terá 25,98%. Assim, estes dois candidatos irão disputar a segunda volta das presidenciais.
Na declaração a Comissão Europeia indica que “a União Europeia acompanhará de perto a evolução da situação durante a segunda volta das eleições presidenciais de 3 de novembro e no período que antecede as eleições parlamentares de 2025.”
“Estamos empenhados em continuar a apoiar o desenvolvimento democrático, as reformas e o crescimento económico da Moldávia, bem como a reforçar a resiliência da Moldávia, em particular na sua trajetória rumo à União Europeia. A União Europeia e a Moldávia partilham um futuro comum”, conclui a Comissão na declaração.