A Comissão Europeia alocou mais 10 milhões de euros de ajuda humanitária para apoiar as pessoas mais vulneráveis no leste da Ucrânia. Uma ajuda imprescindível numa altura em que se aproxima o inverno e a necessidade de resposta à pandemia da COVID-19. Com mais este apoio a ajuda financeira humanitária da União Europeia (UE) ao leste da Ucrânia, em 2020, sobe para 23 milhões de euros.
Janez Lenarčič, Comissário europeu para a Gestão de Crises, referiu: “As pessoas no leste da Ucrânia, que foram apanhadas pelo conflito, estão a preparar-se para sobreviver ao sétimo inverno enquanto apanhadas no conflito. A pandemia do coronavírus está a piorar a situação humanitária. A ajuda da UE vai fornecer suprimentos essenciais antes do inverno às famílias mais vulneráveis. Em última análise, uma solução política deve ser encontrada e o direito internacional humanitário respeitado por todos”.
Este financiamento adicional da União Europeia vai ajudar a população vulnerável em ambos os lados da linha de contacto a preparar-se para o inverno rigoroso que se aproxima e cobrir suas necessidades básicas. Também vai permitir melhorar o setor da saúde, incluindo a resposta ao coronavírus, e continuar a apoiar os ucranianos que fugiram para a Federação Russa. A ajuda humanitária da UE é canalizada através de agências das Nações Unidas, ONG e do Comité Internacional da Cruz Vermelha.
Desde março de 2014, que o conflito no leste da Ucrânia afetou mais de 5,2 milhões de pessoas, das quais 3,4 milhões ainda precisam de ajuda humanitária. Desde o início do conflito, a UE já atribuiu 165 milhões de euros em ajuda humanitária.
A continuidade do conflito está a piorar a situação humanitária da população que vive em ambos os lados da linha de contacto. As pessoas têm dificuldade em manter os meios de subsistência e ter acesso a alimentos, enquanto sua saúde mental e a situação psicossocial também estão a deteriorar-se, refere a Comissão Europeia.
A pandemia de coronavírus exacerbou ainda mais a vida diária da população, pois as pessoas não conseguem cruzar a linha de contacto para ter acesso a pensões e outros serviços. Bombardeamentos indiscriminados continuam a dificultar a prestação de serviços essenciais, como água e eletricidade, em ambos os lados da linha de contato. A Comissão Europeia lembra que a Ucrânia ocupa o quinto lugar no mundo em mortes de civis ligadas a minas terrestres e munições não detonadas.