A Comissão Europeia aprovou hoje a inclusão dos vinhos “Terras da Beira” no registo das denominações de origem protegidas (DOP). Os vinhos “Terras da Beira” dividem-se em três categorias: vinho, vinho espumante e vinho frisante.
A área geográfica das “Terras da Beira” abrange todos os municípios do distrito de Castelo Branco e alguns municípios e freguesias do distrito da Guarda. Trata-se da região vitivinícola mais alta de Portugal, com vinhas plantadas entre os 300 e os 750 metros de altitude, onde os solos são de origem granítica na sua maioria, sendo os restantes essencialmente de origem xistosa, existindo entre o granito e o xisto alguns filões de quartzo.
O clima da região é muito agreste, com temperaturas negativas no inverno e verões muito quentes e secos. A precipitação média anual varia entre os 400 e os 700 mm/m2, encontrando-se, contudo, concentrada nos meses de inverno e primavera, dando normalmente origem a um excesso de água no solo neste período. No verão, por outro lado, quase não chove. Os meses de julho e agosto são os mais secos do ano, sendo o valor médio de precipitação inferior a 10 mm/m2
A conexão dos fatores edafoclimáticos conjugados com as castas da região dá origem a vinhos com características diferenciadoras, marcadas pela mineralidade, acidez e frescura.
Do jornal oficial da União Europeia consta que o vinho branco apresenta um aspeto amarelo-claro a amarelo-palha, límpido e brilhante. De aromas primários de fruta branca, tropical e cítrico; quando estagiado em barricas apresenta aromas a fruta madura. De sabor frutado, acídulo e fresco, com notas minerais.
O vinho rosado apresenta tonalidades de vermelho, vermelho-cereja ao rosa-claro, límpido e brilhante. De aromas frutados a frutos vermelhos. De sabor frutado, acídulo e fresco, com notas minerais.
O vinho tinto apresenta tons de vermelho-vivo a tons atijolados, límpido e brilhante. De sabor frutado, acídulo e fresco, com notas minerais.
O vinho espumante branco apresenta um aspeto branco-esverdeado a amarelo-palha, límpido, de bolha fina e persistente. De aromas primários a frutas brancas e tropicais e sabor frutado, acídulo e fresco, eventualmente com notas de envelhecimento.
O vinho espumante rosado apresenta um aspeto vermelho-cereja a rosa-claro, límpido, de bolha fina e persistente. De aromas primários a frutos vermelhos e sabor frutado, acídulo e fresco, eventualmente com notas de envelhecimento.
O vinho espumante tinto apresenta um aspeto vermelho-vivo a rubi, límpido, de bolha fina e persistente. De aromas primários a frutos vermelhos. De sabor frutado, acídulo e fresco, eventualmente com notas de envelhecimento.
O vinho frisante branco apresenta um aspeto branco-esverdeado a amarelo-palha, límpido, de bolha pouco persistente. De aromas primários a frutas brancas e tropicais e sabor frutado, acídulo e fresco.
O vinho frisante rosado apresenta um aspeto vermelho-cereja a rosa-claro, límpido, de bolha pouco persistente. De aromas primários a frutos vermelhos e sabor frutado, acídulo e fresco.
O vinho frisante tinto apresenta um aspeto vermelho-vivo a vermelho mais claro, límpido, de bolha pouco persistente. De aromas primários a frutos vermelhos e sabor frutado, acídulo e fresco.