Comissão Europeia está a pré-financiar, em 2017, sete projetos-piloto que oferecem estágios de aprendizagem profissional de longa duração noutro Estado-Membro. Os projetos consistem em testar colocações experimentais com a duração de pelo menos 6 meses. O objetivo é promover uma aprendizagem noutro Estado-Membro de longa duração.
“Os dados têm demonstrado que as experiências de mobilidade de longa duração melhoram as competências sociais, profissionais específicas e linguísticas – muito mais do que as estadias de curta duração no estrangeiro”, referiu Marianne Thyssen, Comissária responsável pelo Emprego, Assuntos Sociais, Competências e a Mobilidade dos Trabalhadores.
A Comissária acrescentou ainda que “contrariamente aos estudantes universitários que participam em programas com a duração de um ano, como o ‘Erasmus’, os participantes do sistema de ensino e da formação profissional tendem, na sua grande maioria, a ir para o estrangeiro por períodos relativamente curtos. É por esta razão que estamos a criar mais oportunidades de longa duração, o que permitirá, em última análise, aumentar as suas oportunidades no mercado de trabalho.”
Atualmente, cerca de 650 mil estudantes e diplomados do ensino e da formação profissional podem beneficiar do financiamento do programa ‘Erasmus +’ para experiências de mobilidade, no estrangeiro, por um período de 2 semanas a 12 meses. Contudo, não obstante as vantagens das colocações de longa duração, menos de 1 % permanece no estrangeiro por um período superior a 6 meses.
Os projetos-piloto agora lançados vão oferecer a 238 aprendizes colocações noutro país da União Europeia durante um período de 6 a 12 meses. O objetivo é identificar as boas práticas e os obstáculos relativamente à aprendizagem de longa duração no estrangeiro. Estas 238 colocações vêm juntar-se aos 100 aprendizes atualmente implicados em projetos semelhantes financiados pela Comissão em 2016.
Para melhorar a mobilidade de longa duração do ensino e da formação profissional, em dezembro de 2016, a Comissão Europeia propôs igualmente a iniciativa ‘ErasmusPro’, que deverá estar operacional em 2018 e que permitirá que mais de 50 mil jovens permaneçam entre 3 e 12 meses noutro Estado-Membro.
Os projetos-piloto, bem como o ‘ErasmusPro’, constituem os primeiros passos para um quadro europeu para a mobilidade de longa duração de aprendizes. Isto irá proporcionar aos Estados-Membros orientações concretas para proporcionar aos jovens a oportunidade de desenvolverem as suas competências e reforçarem a sua empregabilidade, reforçando, simultaneamente, o seu sentimento de cidadania europeia através da experiência noutro país da União Europeia.
Até agora, a Comissão Europeia lançou dois convites à apresentação de candidaturas, um em 2016 e outro em 2017, que levou à conceção de subvenções a 9 projetos. Os sete projetos de 2017 estão a ser liderados pela Bélgica, Finlândia, França, Alemanha, Itália e Espanha, mas são 21 os Estados-Membros envolvidos nas parcerias. Os projetos oferecem aprendizagens numa vasta gama de profissões e setores, como o turismo, a restauração, os cuidados de saúde, o comércio e a logística, as Tecnologias de Informação, o setor da construção, a produção, no setor metalúrgico, da eletrónica, e a agricultura.
Nos estágios, os participantes vão adquirir experiência profissional, pessoal e social, ao mesmo tempo que vivem e trabalham no estrangeiro. Uma experiência que irá complementar e enriquecer os estudos do aprendiz no “seu país”.