O Círculo de Artes Plásticas da Universidade de Coimbra (CAPC) promove um conjunto de iniciativas no próximo dia 17 de janeiro, quarta-feira, relacionadas com a Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra, e com comemoração do 1.000.055º Aniversário da Arte. O programa começa às 16h30 e prolonga-se até ao fim da noite.
O programa da CAPC reúne momentos da sua história de 60 anos ao finalizar a mais recente iniciativa, a 2.ª edição do Anozero – Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra, vai envolver a apresentação de performances, lançamento de edições e muita festa vão fazer parte de um dia de celebração da arte por vários espaços da cidade.
“Uma FESTA, sem arte (convencional), mas que seja ela própria uma verdadeira afirmação de identidade possível e necessária entre a Arte e a Vida”, indicou a CAPC.
Lançamento do Catálogo Anozero’17
Um livro que regista todo o espaço expositivo onde decorreu a 2.ª edição do Anozero, entre 11 de novembro e 30 de dezembro. Imagens das várias peças criadas propositadamente para os locais ou selecionadas a partir de obras pré-existentes e notas biográficas de todos os artistas participantes.
Uma edição que serve de memória de uma iniciativa que foi indicada como uma das grandes exposições de 2017 e que compromete todos os organizadores a prosseguir com uma iniciativa avaliada na cerimónia de abertura, pelo Ministério da Cultura, como “indispensável para o tecido artístico e cultural” do país.
Livro ‘Pentimento’, de Pedro Vaz
No âmbito do Anozero, é lançada uma obra que liga as duas edições da bienal, com apresentação às 16h30, nas instalações do CAPC Sereia. Trata-se de ‘Pentimento’, de Pedro Vaz, que deu nome à instalação com que este artista participou na primeira edição da bienal.
A publicação reflete e regista sobre a forma como evoluiu a obra. Os textos são de Carla Alexandra Gonçalves, Elisabete Marques, Isabella Lenzi, João Queiroz, João Silvério, Lourenço Egreja, Maribel Mendes Sobreira, Paula Januário, Pedro Vaz e Sérgio Fazenda Rodrigues. As fotografias são de Jorge das Neves e Pedro Vaz e o design gráfico é de João Bicker.
Performance de Gustavo Sumpta
A performance Levantar o Mundo, de Gustavo Sumpta a decorrer, na programação, na Igreja do Convento de São Francisco, a partir das 19h00, com entrada livre. Consiste numa ação que envolve elementos de massa, volume e peso fortemente contrastantes, encenando situações de equilíbrio paradoxais e presentificando, mais uma vez, os contrastes e tensões que constituem a sua forma de ver o mundo.
Durante a perfomance, é lançado o catálogo da bienal, uma edição da Imprensa da Universidade de Coimbra, com textos dos promotores da iniciativa: Manuel Machado do CMC, João Gabriel Silva da UC e Carlos Antunes da CAPC, dos curadores: Delfim Sardo e Luiza Teixeira de Freitas, e ensaios de Jacinto Lageira, João Maria André, Sara Chiara e Vasco Santos. As fotografias são de Jorge das Neves e Vitor Garcia, o design gráfico de Joana Monteiro.
Aniversário da Arte
A festa do Aniversário da Arte, com a participação de Andresa Soares, Bruno Humberto, Filipa Brito, João Ferro Martins, Gonçalo Alegria e Vítor Reis, decorre a partir das 22h00, no CAPC Sede, na Rua Castro Matoso, com entrada é livre.
Celebração do Aniversário da Arte, como tudo começou
Era uma vez, um mundo sem arte. E depois a arte nasceu. Robert Filliou, artista francês associado ao grupo Fluxus, propôs num poema escrito em 1963, que se considerasse que a arte nascera um milhão de anos antes, a 17 de janeiro. E desafiou a que esse dia fosse feriado e que nele se celebrasse a presença da arte nas nossas vidas, sendo suficiente fazê-lo com um “largar uma esponja num balde de água”. Em 1974, Ernesto de Sousa recupera esta ideia e promove a celebração da data no Círculo de Artes Plásticas de Coimbra. Seria o 1.000.011º Aniversário da Arte. Participaram na festa Alberto Carneiro, Albuquerque Mendes, Alfredo Pinheiro Marques, Armando Azevedo, João Dixo, Jorge Peixinho, Ernesto de Sousa, Isabel Alves, Teresa Loff, Túlia Saldanha, entre outros. Dia 17 é o 1.000.055º Aniversário da Arte.