O ‘Ciência 2017’ reúne, nos dias 3 a 5 de julho, no Centro de Congressos de Lisboa, mais de 3000 investigadores portugueses e estrangeiros dos mais diversos domínios científicos e das mais variadas áreas técnicas. A Índia é o país convidado.
Para além dos cientistas, estão também no ‘Ciência 2017’, técnicos, empresários, gestores e técnicos da administração pública e de instituições culturais, professores e estudantes de todo o sistema de ensino público e privado, juntamente com cidadãos interessados na dinâmica da produção e difusão do conhecimento em Portugal.
O Encontro Nacional com a Ciência e a Tecnologia realizou-se anualmente de 2007 até 2010 e foi retomado em 2016. Trata-se da “mais importante e diversificada reunião de cientistas, investigadores e técnicos de diferentes disciplinas e instituições, que se realiza em Portugal”.
Para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) trata-se de “um espaço de apresentação e debate do que fazem muitos dos laboratórios de investigação”, um “lugar para a criação de redes e contactos”, e também um “momento de afirmação da vitalidade da ciência que se faz em Portugal”.
O ‘Ciência 2017’ vai ainda “contribuir para aprofundar o debate sobre o futuro da Ciência em Portugal, através da discussão do Plano Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação 2017-2020, que este ano é lançado no âmbito da comemoração dos 20 anos da criação da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), assim como dos 50 anos após a criação da Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica (JNICT)”.
No encontro são dinamizadas 14 áreas temáticas, mobilizadores de investigação e inovação que se encontram a decorrer, e apresentações e debates com todos os grupos de técnicos envolvidos na dinamização dos seguintes programas estruturantes:
● Iniciativa Nacional Competências Digitais (INCoDe 2030);
● Estratégia Nacional ‘Ciência Aberta’;
● Agenda ‘Interações Atlânticas’ (juntamente com a criação do Centro Internacional de Investigação do Atlântico, ‘AIR Centre’);
● Estratégia para o Espaço (‘Portugal Espacial 2030’);
● Redes temáticas criadas nos últimos meses no sector agroalimentar no âmbito da estratégia nacional para a participação ativa no Programa PRIMA (Partnership on Research and Innovation for the Mediterranean Area) da União Europeia;
● E as redes em curso para garantir a participação portuguesa em grandes programas e organizações internacionais (como o SKA ‘Square Array Kilometer’; CERN, ESA, entre outras).
O encontro inclui também o debate sobre prevenção de fogos florestais em Portugal, estimulando formas e mecanismos para um maior contributo do conhecimento científico na gestão e prevenção de grandes riscos públicos e naturais.
Outra área em debate é a “da organização da atividade de investigação e perspetivas para o futuro, designadamente com a apresentação e discussão dos termos de funcionamento de Laboratórios Associados, de Redes de Cooperação Científica e Tecnológica, da Rede de Infraestruturas Científicas, da Rede Ciência, Tecnologia e Sociedade (RCTS), assim como da preparação em curso de Laboratórios Colaborativos.”
Em destaque especial está “a discussão sobre o futuro da política Europeia de I&D e, sobretudo, da evolução do atual Programa Quadro de Investigação e Inovação (2014-2020), Horizonte 2020, assim como da definição dos termos orientadores para o futuro Programa Quadro de I&D (FP9; 2021-2027), em discussão na Europa”. No encontro “é apresentada a posição portuguesa que resultou de discussão pública entre fevereiro e abril de 2017.”
Durante três dias os cientistas vão debater, em cerca de 100 sessões, estratégias, áreas emergentes e “temas capazes de fazer surgir as melhores ideias e as melhores lideranças, capazes de juntar pessoas, recursos e instituições, realismo e prospetiva, gerações, ensino e investigação, indústria e ciência, cultura, tecnologia e ciência.”
O Encontro é aberto ao público e de participação gratuita e envolve também jovens estudantes em atividades de investigação que abrem muitas das sessões temáticas, levantando questões e lançando interrogações aos investigadores e técnicos.
Durante o encontro cerca de 45 demonstrações e mais de 300 posters de estudantes e de investigadores são projetados nos átrios do Centro de Congressos de Lisboa.