Em Portugal, uma organização foi atacada, em média, 881 vezes por semana em 2021, um aumento de 81% face a 2020. Os setores mais visados foram a Educação, Saúde e a Administração Pública/Setor Militar. Os dados são empresa de cibersegurança Check Point.
A análise dos investigadores da Check Point Research mostram que tem havido a nível global um aumento no número de ciberataques sendo como alvo redes corporativas. Em 2021, o pico registou-se em dezembro, muito devido à vulnerabilidade no Log4J.
Em 2021 os investigadores verificaram que o número de ciberataques, por semana, contra organizações aumentou 50%, em comparação com 2020. A tendência para o crescimento destas ameaças atingiu um novo pico no final de 2021, com a revelação da vulnerabilidade presente no Log4J, que fez com que o número de ciberataques por semana contra organizações chegasse aos 925, a nível global.
Os dados da Check Point Research mostram que:
Em Portugal, uma organização portuguesa sofreu uma média de 881 ataques por semana e a média semanal de ciberataques por organização aumentou 81% em comparação com 2020.
Setores mais visados em Portugal
1. Educação/Investigação (+57%)
2. Saúde (+108%)
3. Administração Pública/Setor Militar (+106%)
4. Utilities (+371%)
5. Setor transformador (+84%)
Média semanal de ciberataques por organização e setor em Portugal
Setores mais visados no mundo
1. Educação/Investigação (+75%)
2. Administração Pública/Setor Militar (+47%)
3. Comunicações (+51%)
4. ISP/MSP (67%)
5. Saúde (71%)
Fonte: Check Point Research
Regiões mais atingidas
África, região Ásia Pacífico e América Latina foram os principais alvos do cibercrime contra organizações, apesar de a Europa ter registado o maior aumento percentual de ciberataques de ano para ano.
1. África (+13%)
2. Ásia Pacífico (+25%)
3. América Latina (+38%)
4. Europa (+68%)
5. América do Norte (+61%)
Omer Dembinsky, Data Research Manager, da Check Point Software, referiu: “Os hackers continuam a inovar. O ano passado, vimos o número de ciberataques por semana em redes corporativas aumentar 50% em comparação com 2020 – um crescimento muito significativo. O pico chegou à medida que nos aproximámos do fim do ano, muito devido às tentativas de exploração da vulnerabilidade do Log4J. Novas técnicas de penetração nos sistemas e métodos de evasão fizeram com que fosse muito mais fácil para os hackers levar a cabo as suas intenções maliciosas”.
O especialista da Check Point Software acrescentou: “O que é mais alarmante é o facto de estarmos a ver algumas indústrias fulcrais para a sociedade subir cada vez mais na lista dos mais atacados. A educação, os serviços de administração pública, e o setor da saúde constam do top 5 de setores mais visados em todo o mundo. Acredito que estes números vão aumentar em 2022, com os hackers a inovar continuamente e a procurar novos métodos para executar ciberataques, especialmente ransomware. Podemos dizer até que estamos a viver uma ciberpandemia. Eu recomendo vivamente todos os utilizadores, especialmente quem está nos setores mencionados acima, a aprender o básico para se protegerem. Medidas simples como descarregar patches, segmentar redes e sensibilizar colaboradores podem fazer muito pela cibersegurança do mundo,” termina o responsável.
Os investigadores da Check Point Research dão os seguintes conselhos de Segurança:
■ Privilegie a prevenção, não a deteção;
■ Proteja devidamente todos os seus recursos (redes, dispositivos, endpoints, entre outros);
■ Descarregue as patches regularmente;
■ Segmente as suas redes;
■ Sensibilize as suas equipas para a importância de adotar práticas de cibersegurança regulares;
■ Implemente tecnologias de segurança avançadas.