Em 2 de julho de 2019, o Conselho Europeu considerou Christine Lagarde a candidata adequada a Presidente do Banco Central Europeu. Em 9 de julho de 2019 o Conselho dos Assuntos Económicos e Financeiros emitiu uma recomendação formal. Também o Parlamento Europeu e o Banco Central Europeu emitiram pareceres ao Conselho Europeu, respetivamente, em 17 de setembro de 2019 e 25 de julho de 2019 relativamente sobre à nomeação de Christine Lagarde.
De acordo com o tratado sobre o Funcionamento da União Europeia as nomeações para o conselho executivo do Banco Central Europeu (BCE) são efetuadas “pelo Conselho Europeu, deliberando por maioria qualificada, de entre pessoas com reputação reconhecida e experiência profissional em matéria monetária ou bancária, sob recomendação do Conselho, após consulta ao Parlamento Europeu e ao Conselho do BCE”.
O conselho executivo do BCE é responsável pela implementação da política monetária da área do euro, conforme estabelecido pelo conselho de governadores do BCE. É composto pelo Presidente, o Vice-Presidente e quatro outros membros, todos nomeados para um mandato não renovável de 8 anos. O conselho de governo é composto por seis membros do conselho executivo e pelos governadores dos bancos centrais nacionais dos estados membros da área do euro.
Christine Lagarde nasceu em Paris, em 1956, formou-se em Direito, na faculdade de direito da Universidade Paris X e obteve um mestrado no Instituto de Ciência Política de Aix-en-Provence.
Como advogada ingressou no escritório de advocacia internacional da Baker McKenzie como associada, especializada em Trabalho, Antitruste e Fusões e Aquisições. Em 1995 passou a membro do Comité Executivo da Empresa e em 1999 tornou-se Presidente do Comité Executivo Global da Baker McKenzie e, posteriormente em 2004, Presidente do Comité Estratégico Global.
Christine Lagarde em junho de 2005 assumiu o cargo de Ministra do Comércio Exterior de França. Após uma breve passagem como Ministra da Agricultura e Pescas, em junho de 2007, tornou-se a primeira mulher a ocupar o cargo de Ministra das Finanças e Economia de um país do G-7.
De julho a dezembro de 2008, presidiu ao Conselho ECOFIN, que reúne ministros de Economia e Finanças da União Europeia e ajudou a promover políticas internacionais relacionadas à supervisão financeira, regulamentação e fortalecimento da governança económica global.
Como presidente do G-20, quando a França assumiu a presidência no ano de 2011, pôs em marcha uma ampla agenda sobre a reforma do sistema monetário internacional.
Em 5 de julho de 2011, Christine Lagarde tornou-se a décima primeira diretora administrativa do FMI e a primeira mulher a ocupar o cargo, tendo sido eleita para um segundo mandato, em 5 de julho de 2016.