O mercado chinês de comércio eletrónico está a crescer a mais de 20% e os consumidores chineses têm atualmente uma capacidade para comprar, como nunca antes dispuseram, e procuram cada vez mais produtos e serviços estrangeiros.
Em 2017 os chineses já gastaram mais de 247 mil milhões de euros em comércio eletrónico transfronteiriço. A conquista de pelo menos 0,1% de um mercado que é de quase 1,4 mil milhões de consumidores torna-se, neste caso, já interessante para as empresas.
As empresas não devem subestimar a diversidade e sofisticação do mercado chinês, dado que os consumidores chineses são muito mais experientes em tecnologia do que seus homólogos americanos e europeus, indica o Ecommerce Report China 2017, da Ecommerce Fundation.
O relatório indica que em 2016 o número de utilizadores da Internet na China, com idades iguais ou abaixo dos 25 anos, era de 781 milhões, e 685 milhões recorriam a dispositivos móveis.
O número de consumidores chineses a fazer compras online atingiu os 521 milhões e a taxa de crescimento os 10,4%. De entre os diversos produtos, os cosméticos e de cuidados pessoais os mais adquiridos online, atingindo os 45,7%, os produtos de mãe e bebés atingiam os 39,3%, suplementos nutricionais os 38,6% e o vestuário e calçado os 38%.
Os compradores online chineses estão cada vez mais a fazer as compras através de dispositivos móveis, ou seja, 61,7% das compras são feitas recorrendo a dispositivos móveis e apenas 38,3% são realizadas por computador desktop.
As compras a retalho em online de bens importados, é de 5,5% prevendo-se um crescimento para 7% em 2018.
Em 2016 o número de empregados no setor do comércio eletrónico era já de 3,05 milhões de pessoas, mantendo-se uma tendência de crescimento.
A China apresenta-se já como o primeiro mercado móvel, e os consumidores chineses são viciado em smartphones. Por outro lado quase 50% dos consumidores chineses usaram redes sociais, não apenas para pesquisa de produtos, mas também para fazer compras e transações.
De acordo com o relatório, as cidades de menor dimensão gastam mais nos mercados online que a cidades de nível elevado e esta diferença pode aumentar. Assim, as cidades e áreas rurais de menor nível estão a crescer mais rapidamente no comércio eletrónico.
O relatório da Ecommerce Fundation indica também que os compradores online chineses estão mais inclinados a confiar em produtos de marca. A qualidade dos bens é agora o principal fator influente, e não o preço.