No Parlamento Europeu o chanceler alemão Olaf Scholz defendeu, perante os eurodeputados, que a Europa tem uma responsabilidade que vai para além das suas fronteiras, dado que “o bem-estar da Europa não pode ser separado do bem-estar do resto do mundo”.
Olaf Scholz identificou três lições para a União Europeia (UE): “Em primeiro lugar, o futuro da Europa está nas nossas mãos. Em segundo lugar, quanto mais unida for a Europa, mais fácil será garantirmos para nós um bom futuro. Em terceiro lugar, mas não menos importante, é necessário mais abertura e mais cooperação.”
Para que a Europa garanta um lugar no mundo, é necessário proceder a mudanças, “precisamos de uma UE geopolítica, de uma UE alargada e reformada e de uma UE aberta ao futuro”, referiu o chanceler da Alemanha.
Sobre a situação de guerra na Ucrânia, o chanceler considera que a UE deve desde já definir o caminho para a reconstrução da Ucrânia, de forma a tornar a Ucrânia europeia próspera, democrática, rejeitando de forma clara a política imperial, revisionista e ilegal de Putin.
Num mundo multipolar, os países do Sul global são para a UE parceiros importantes, e a Europa deve defender a segurança alimentar e a redução da pobreza e cumprir as suas promessas de ação em matéria de proteção do clima e do ambiente a nível internacional.
O chanceler afirmou ainda que “uma política de alargamento honesta cumpre as suas promessas — em primeiro lugar e sobretudo aos Estados dos Balcãs Ocidentais”. Mas também a necessidade de alargar o processo de tomada de decisões por maioria qualificada a mais decisões em matéria de política externa e de fiscalidade.
Sobre a migração e asilo, o chanceler referiu: “Estamos unidos pelo objetivo de uma melhor gestão e regulação da migração irregular — sem trair os nossos valores”. Em muitas partes da Europa, é necessário que os trabalhadores de países terceiros continuem, e se a Europa estabelecer uma ligação entre a migração regular e a exigência de que os países de origem e de trânsito recuperem também aqueles que não têm o direito de permanecer na Europa, “então todos os lados beneficiarão”.