A Organização Europeia para a Investigação Nuclear – CERN, está a identificar parceiros industriais para o ‘High Luminosity upgrade of the Large Haldron Collider’ (HL-LHC), que é o principal projeto do Centro para os próximos anos e que permitirá aumentar significativamente a performance do mais potente acelerador de partículas do mundo.
Na segunda edição do ‘HiLumi Industry Day’, um workshop que desta vez o CERN realiza em Lisboa, com o apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), reúne empresas portuguesas de alto potencial tecnológico interessadas em serem fornecedoras para o novo acelerador de partículas.
O workshop do CERN decorre no Instituto Superior Técnico, onde participa Frederick Bordry, Diretor de Aceleradores e Tecnologia do CERN, bem como Miguel Jimenez e Roberto Losito, responsáveis pelos Departamentos de Tecnologia e Engenharia, e Lucio Rossi, líder do projeto HL-LHC. Estão também presentes cerca de 20 especialistas do CERN, 30 industriais e académicos nacionais e 130 industriais internacionais.
As várias apresentações técnicas sobre a tecnologia, a construção e o processo de contratação do HL-LHC, feitas pelos responsáveis e especialistas do CERN dão o enquadramento do que é exigido da indústria e sessões B2B permitem abordar tópicos relevantes para o desenvolvimento do novo acelerador.
Uma delegação de especialistas do CERN visita empresas portuguesas com o objetivo de identificar potenciais fornecedores industriais de elevado potencial tecnológico.
Atualmente o Instituto Superior Técnico, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e a Universidade de Évora possuem protocolos com o CERN. Agora, também o Instituto Politécnico de Leiria e o CERN vão passar a colaborar no âmbito da orientação de trabalhos de final de curso de licenciaturas e mestrados, em temas identificados pelo CERN. O objetivo é fomentar o desenvolvimento de projetos conjuntos de investigação.
Portugal aderiu ao CERN em 1986, e contribui anualmente com 1% para o orçamento total do Centro, um valor que ronda os 11 milhões de euros. Este valor de participação possui um retorno para o país que se traduz no envolvimento de investigadores portugueses nas atividades científicas e tecnológicas, desenvolvidas no âmbito do LHC, na formação de recursos humanos através de um programa de estágios para Engenheiros, na transferência de tecnologia e na participação da indústria nacional no CERN.