Investigadores identificaram em macacos duas novas áreas do cérebro que facilitam o reconhecimento de rostos que sejam familiares. Era já dos conhecimento dos cientistas que existia uma rede de regiões cerebrais para o reconhecimento facial, mas o processo subjacente como os primatas distinguem os rostos entre familiares e desconhecidos tem vindo a permanecer evasivo.
Os cientistas têm colocado duas hipóteses: uma é a de que o reconhecimento de um rosto familiar e desconhecido usa a mesma máquina neural, mas com eficiência diferente, outra hipótese é que estão em jogo sistemas neurais separados.
Agora uma nova investigação levada a cabo pelos cientistas Sofia Landi e Winrich Freiwald, da Universidade de Rockefeller, em Nova Iorque, EUA, vem confirmar a hipótese de sistemas neuronais separados. Os cientistas usaram a ressonância magnética funcional, para estudar a atividade cerebral de quatro macacos, aos quais foram expostos rostos familiares e rostos desconhecidos, bem como objetos já familiares e desconhecidos.
Foram observadas duas áreas do cérebro pelos cientistas, o córtex perirrinal (PR) e uma área no pólo temporal (TP), áreas que estavam especificamente envolvidas no reconhecimento de rostos familiares, mas não nos rostos desconhecidos nem nos objetos, conhecidos e desconhecidos.
Os cientistas detetaram ainda diferenças quando um macaco olhou para uma foto de um rosto desconhecido várias vezes e, assim, ficou visivelmente familiarizado com esse rosto, em comparação com fotos de macacos que eles conheciam pessoalmente.
No estudo os investigadores realizaram ainda uma experiência clássica de reconhecimento facial, usando um rosto inicialmente desfocado e a transição para o rosto devidamente focado, proporcionando um gradiente de reconhecimento.
Durante a transição outras regiões de processamento visual exibiram atividade consistente e após o reconhecimento facial, os circuitos TP e PR tornam-se