Centro Interpretativo da História do Bacalhau abre no Terreiro do Paço em Lisboa

No Terreiro do Paço, em Lisboa, abre o Centro Interpretativo da História do Bacalhau, numa iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa e da Associação Turismo de Lisboa. Álvaro Garrido é o Comissário Científico.

Centro Interpretativo da História do Bacalhau abre no Terreiro do Paço em Lisboa
Centro Interpretativo da História do Bacalhau abre no Terreiro do Paço em Lisboa. Foto: © Rosa Pinto

No Torreão Nascente, Terreiro do Paço, em Lisboa, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) e a Associação Turismo de Lisboa (ATL) apresentam a iniciativa de um Centro Interpretativo da História do Bacalhau.

O centro abre no dia 22 de julho 2020 com a presença do presidente da CML, Fernando Medina, do presidente-adjunto da ATL, José Luís Arnaut, do diretor-geral da ATL, Vitor Costa, do Comissário Científico, Álvaro Garrido, e do diretor do NewsMuseum, Rodrigo Moita de Deus.


Este novo espaço interativo combina o melhor da tecnologia com o mais fantástico da tradição, num regresso à epopeia dos portugueses, com vista para o encontro do rio com o mar, estando integrado no projeto do Novo Cais de Lisboa que tem como objetivo requalificar a zona ribeirinha de Lisboa/Terreiro do Paço e promover o Tejo e as atividades a ele ligadas. O único local do mundo onde se explica quem foram o Brás e o Gomes de Sá.

Ao longo de vários núcleos expositivos, o visitante pode assistir ao início da odisseia de um povo que se lançou nos ‘mares do fim do mundo’, sentir os perigos e emoções a bordo de um dóri, conhecer as rotinas dos pescadores a bordo, descobrir como nasceu o mito do ‘fiel amigo’ à mesa ou perspetivar o futuro do bacalhau, o seu consumo, a pesca sustentável e novas formas de o cozinhar.

O espaço divide-se em duas áreas principais: O Mar, no piso 0, e À Mesa, no piso 1. Em ambos aborda-se a viagem à Terra Nova e como se pescava o bacalhau, como também a expressão do bacalhau na cultura popular e gastronómica portuguesa.

No Piso 0, recua-se no tempo na sala d’A Saga e assiste-se, num livro gigante, à narrativa lendária e fantástica da pesca dos portugueses no Atlântico Norte. Destaque ainda para a exposição de objetos selecionados do espólio do Museu Marítimo de ílhavo utilizados na pesca do bacalhau.

Se é certo que a pesca do bacalhau desperta toda uma memória épica e uma lenda internacional, não menos importante é a faina dos veleiros e dos pescadores de dóris. Na sala O Adeus, conhece-se a dimensão humana e social da pesca do bacalhau. O visitante é igualmente convidado a experimentar, durante 1 minuto, o que era a solidão dos marinheiros do bacalhau a bordo de pequenos dóris. Esta é uma experiência interativa e imersiva que pretende recriar a pesca à linha num dóri.

Na sala Frota Branca, revive-se a memória lendária da ‘white fleet’, através de uma recriação do Creoula, e de histórias como o trabalho a bordo e o enquadramento sociopolítico das tripulações na era dourada da pesca do bacalhau. Ouve-se, em discurso direto, testemunhos únicos de pescadores sobre os momentos épicos e dramáticos que a pesca do bacalhau implicava. Destaca-se ainda, na Propaganda, a forma como o Estado Novo difundiu e manipulou além-fronteiras este tema.

No Piso 1, fala-se sobre a tradição alimentar do bacalhau do Atlântico e o nascimento do mito do Fiel Amigo. Sentamo-nos à mesa, na Degustação virtual, para assistir à forma como o bacalhau entrou na nossa gastronomia, na nossa cultura e na nossa sociologia. Na sala Bacalhau 20.20 fala-se sobre a reinvenção cultural do bacalhau, a pesca na atualidade, a reinvenção gastronómica do bacalhau e a sustentabilidade ambiental.

O Centro Interpretativo da História do Bacalhau oferece ainda ao visitante um conjunto de experiências interativas, como desafiar-nos a contribuir com uma receita inédita de bacalhau, sermos fotografados a bordo de um dóri, sentirmos a textura de um bacalhau ou consultarmos a Enciclopédia do Bacalhau, certificada pela Confraria Gastronómica do Bacalhau.

Na entrada do Centro Interpretativo da História do Bacalhau existe uma Mercearia, onde está localizada a bilheteira e vários espaços para venda de artigos alusivos ao bacalhau, dois deles em parceria com a Lugrade e a Terra do Bacalhau, empresas especializadas em bacalhau da Islândia e da Noruega.

Este espaço ocupa o Torreão Nascente do Terreiro do Paço e inclui zona de corte e venda de bacalhau, zona de estar com livraria e zona de degustação de petiscos.

O Centro Interpretativo da História do Bacalhau integra também o Restaurante Terra Nova (antigo Populi) um restaurante temático onde o bacalhau é o protagonista da ementa.

FICHA TÉCNICA:
• Fundadores: Associação Turismo de Lisboa e Câmara Municipal de Lisboa
• Comissariado Científico: Álvaro Garrido
• Assessoria de Conteúdos: Márcia Carvalho
• Projeto de Arquitetura: Tiago Silva Dias
• Projeto de Experiência do Visitante: NewsMuseum
• Projeto de Luminotecnia: Vítor Vajão
• Parceria/Colaboração: Museu Marítimo de Ílhavo
HORÁRIO:
• Aberto todos os dias, das 10h às 20h

PREÇÁRIO:
• Adulto: 4€
• Sénior (+65 anos) / Estudante (+16 anos): 3€
• Criança (6 aos 15 anos): 2€
• Criança (menores de 6 anos): Gratuito
• Combinados:
– História do Bacalhau + Lisboa Story Centre – 15% desconto: 9€
– História do Bacalhau + Arco da Rua Augusta – 15% desconto: 9€
– História do Bacalhau + Lisboa Story Centre + Arco da Rua Augusta – 15% desconto: 11,50€